A contribuição da fisioterapia no tratamento oncológico
- por Oncocentro Curitiba
O câncer já foi visto de diversas formas: como uma doença incurável, como uma doença contagiosa, como um problema social e de saúde pública.
Hoje o tratamento do câncer evoluiu bastante; é possível observar e utilizar uma gama de tratamentos, sendo esses específicos para cada tipo de câncer e o estágio do mesmo, que deve ser instituído o mais precocemente possível.
Na oncologia atual, é muito importante a abordagem multidisciplinar no tratamento do paciente oncológico, assim, o médico oncologista conta com a colaboração de outras especialidades, como patologistas, radiologistas, psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e muitos outros profissionais.
A fisioterapia é vista pela maioria das pessoas como atuante apenas nos exercícios pós- lesões musculares, cirurgias ou recomendado para idosos. Mas na verdade, é uma área muito mais ampla e capaz de atender diversos quadros.
A fisioterapia na oncologia faz parte da equipe multidisciplinar da saúde e atua de forma bastante abrangente na sintomatologia dos pacientes oncológicos, tendo como metas preservar e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir, tratar e minimizar os distúrbios e sequelas causados pelo tratamento oncológico.
O fisioterapeuta pode atuar tanto no pré-operatório, quanto no pós-operatório e nos tratamentos não cirúrgicos. Devido ao avanço das técnicas de fisioterapia oncológica, o paciente vem apresentando uma grande melhora na qualidade de vida durante o tratamento.
É muito importante que o fisioterapeuta conheça bem sobre cada tipo de câncer, seus estágios, suas complicações, seus tratamentos (cirúrgicos ou não), para assim poder traçar o melhor plano de tratamento sem que esse possa apresentar riscos ao paciente.
O profissional irá atuar nos sintomas decorrentes da patologia e do tratamento, minimizando as complicações como: dor, fraqueza muscular, tensão muscular, fadiga, perda de massa muscular, linfedemas, fibroses, retrações e aderências cicatriciais, diminuição da amplitude de movimentos, encurtamentos musculares, alterações posturais e alterações respiratórias.
Veja a seguir quais intervenções fisioterapêuticas pode ser utilizada.
- Analgesia (eletroterapia e massoterapia);
- Alongamentos (passivos e ativos);
- Exercícios de fortalecimento muscular (com ou sem carga);
- Exercícios de amplitude de movimento;
- Exercícios cardiorrespiratórios;
- Exercícios pulmonares (cinesioterapia respiratória, manobras de higiene brônquica, manobras de reexpansão pulmonar).
O acompanhamento fisioterapêutico deve se iniciar o quanto antes e deve se estender tanto para pacientes internados como pacientes em domicílio, mesmo após o término do seu tratamento médico até o seu restabelecimento e sua independência (dentro de suas limitações) nas atividades de vida diária.