Conheça os tipos de câncer que mais afetam as mulheres
- por Oncocentro Curitiba
São vários os tipos de câncer que podem surgir em diferentes partes do corpo. Porém, alguns deles costumam ser mais comuns em mulheres, que devem ficar atentas aos sinais de que algo não vai bem com a sua saúde.
O câncer de mama ainda é o que mais afeta as mulheres, mas segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, há outros tumores comuns a elas, e que podem ser evitados ou tratados. A Oncocentro Curitiba traz essa lista para conhecimento, incluem-se os cânceres colorretal, de colo de útero, de pulmão e de estômago.
Câncer de mama
Em 2016, foram mais de 57 mil novos casos no Brasil. O início da rotina de rastreamento, com exames mais frequentes, como a mamografia, é recomendado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) a partir dos 50 anos, mas sociedades médicas e organizações internacionais indicam como ideal o início aos 40 anos, pois quando a doença é detectada precocemente, 90% dos casos têm chance de cura.
Câncer colorretal
Em 2016, o Inca estimou o surgimento de mais de 17 mil novos casos de câncer de cólon e reto em mulheres no Brasil. Este tipo de tumor está ligado a fatores genéticos e hábitos de vida como obesidade, sedentarismo e fatores associados à dieta (alto consumo de carnes vermelhas e carnes processadas; pouca ingestão de frutas, legumes e verduras). Os principais sintomas da doença são dor abdominal, alterações do hábito intestinal e eliminação de sangue nas fezes, mas em muitos casos o câncer não gera sintomas na fase inicial e o diagnóstico deve ser feito nos exames de rastreamento. O diagnóstico e prevenção são feitos por colonoscopia que permite a identificação da lesão, mesmo em casos precoces, assim como a identificação e remoção dos pólipos de intestino (lesões precursoras do câncer).
Câncer de colo do útero
No Brasil, cerca de 16 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero por ano. Aproximadamente 5 mil mulheres morrem por ano devido a esta doença, o que significa uma morte a cada 90 minutos. Porém, a doença pode ser evitada com o uso da vacina contra o HPV, indicada para meninas na faixa etária dos 9 aos 13 anos. Além disso, as mulheres que já têm atividade sexual devem fazer o exame Papanicolau, a partir dos 25 anos, e ele deve ser mantido até os 65 anos. Como é uma doença de desenvolvimento lento, o exame pode ser repetido a cada três anos desde que os dois últimos exames tenham sido normais. No início, a doença não causa sintomas, mas com a evolução do quadro, a mulher pode apresentar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
Câncer de pulmão
Segundo o Inca, estima-se que o Brasil tenha registrado cerca de 10 mil casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmões entre as mulheres, em 2016. Considerado um dos tipos de câncer mais agressivo, é também o mais fácil de ser evitado, pois o principal fator de risco para a doença é o tabagismo. Os sintomas da doença incluem tosse, que pode vir acompanhada de sangue; dores no peito; espirros e perda de peso. Eles não costumam aparecer até que o câncer esteja em estado avançado, o que dificulta o tratamento. Para ficar longe do câncer de pulmão, a principal recomendação é não fumar.
Câncer do estômago
O Inca estima que aproximadamente 7 mil novos casos da doença surgiram em 2016. A doença pode não apresentar sintomas específicos, mas alguns sinais de alerta, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente. Estes sintomas podem indicar tanto uma doença benigna (gastrite, duodenite, esofagite, úlcera, etc.) como um câncer de estômago. Deste modo mesmo sintomas leves e incaracterísticos devem ser valorizados. O câncer gástrico pode ser hereditário e, portanto, a pessoa já nasce com alterações que levarão ao câncer, ou adquirido durante a vida. O mais comum é o adquirido. Muito destes surgem como consequência de hábitos e vícios como a alimentação pobre em carnes, peixes, leite e nas vitaminas A e C, ou ainda alto consumo de alimentos defumados ou conservados em sal são fatores de risco para esse tipo de câncer. O vício em álcool e fumo está relacionado a alguns tipos de tumores malignos do estômago. Esse câncer está relacionado também à infecção pela bactéria Helicobacter pylori. A eliminação do agente é possível com o uso de antibióticos.