Muitas mulheres têm dúvidas sobre como se descobre o câncer de colo do útero, especialmente porque, nos estágios iniciais, ele costuma não apresentar sintomas claros.
Descobrir o câncer de colo do útero pode ser uma experiência delicada, mas a boa notícia é que a medicina evoluiu muito, oferecendo formas eficazes de diagnóstico precoce.
Abaixo, você compreenderá com cuidado e clareza como funciona esse processo, quais sinais merecem atenção e quais exames são indicados para detectar essa condição.
Confira!
Por que o câncer de colo do útero é silencioso em estágios iniciais?
O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, costuma se desenvolver de forma lenta e silenciosa.
Isso acontece porque ele tem início a partir de lesões chamadas de neoplasias intraepiteliais cervicais (NICs), que não causam dor ou desconforto imediato.
Essas alterações são, muitas vezes, assintomáticas e só são detectadas por meio de exames ginecológicos de rotina.
Esse caráter silencioso é um dos motivos pelos quais o acompanhamento preventivo é imprescindível!
Quando os sintomas aparecem, o câncer pode já estar em um estágio mais avançado, exigindo tratamentos mais complexos.
Quais são os primeiros sinais do câncer de colo do útero que merecem atenção
Embora o câncer de colo do útero seja discreto no início, existem alguns sinais e sintomas que podem surgir e que não devem ser ignorados:
- Sangramento vaginal fora do período menstrual, após a relação sexual ou na menopausa;
- Corrimento vaginal incomum, com odor forte ou coloração diferente (mais escura);
- Dores pélvicas persistentes ou desconforto durante a relação sexual;
- Sensação de pressão na pelve ou no baixo ventre.
- Desconforto urinário ou aumento da frequência urinária
Esses sintomas não significam, necessariamente, que a mulher está com câncer, mas indicam que é hora de procurar um ginecologista para uma avaliação mais aprofundada.
Como se descobre câncer de colo do útero: Exames e testes
A principal forma de descobrir o câncer de colo do útero é por meio da realização de exames preventivos e diagnósticos específicos.
O acompanhamento periódico com o ginecologista é essencial para identificar alterações nas células do colo do útero, especialmente em mulheres sexualmente ativas.
Papanicolau (preventivo)
O exame de Papanicolau é o mais conhecido quando o assunto é prevenção do câncer de colo do útero.
Ele é simples, rápido e indolor, sendo realizado durante o exame ginecológico de rotina.
O Papanicolau coleta células da superfície do colo do útero e as analisa em laboratório para verificar se há alterações pré-cancerígenas.
Ele não detecta diretamente o câncer, mas identifica mudanças celulares que podem evoluir para a doença.
A recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres de 25 a 64 anos façam o exame regularmente.
Colposcopia e biópsia
Se o Papanicolau apresentar alterações, o médico pode solicitar uma colposcopia, exame que permite visualizar o colo do útero com mais detalhe, usando um aparelho com lente de aumento.
Durante a colposcopia, é possível realizar uma biópsia, que consiste na retirada de um pequeno fragmento do tecido do colo do útero para análise.
Esse procedimento é fundamental para confirmar se as células são cancerígenas e se o câncer já está avançado ou em estágio inicial.
Teste de HPV
Outro exame importante no diagnóstico do câncer de colo do útero é o teste de HPV (Papilomavírus Humano).
O HPV é o principal causador das alterações celulares que podem evoluir para o câncer cervical.
O teste identifica a presença do vírus, especialmente os tipos de alto risco, que estão mais associados ao desenvolvimento da doença.
Esse exame pode ser feito em conjunto com o Papanicolau, especialmente em mulheres com mais de 30 anos, como forma complementar de rastreamento.
Em casos de suspeita ou avaliação complementar, o ginecologista pode solicitar ultrassom transvaginal.
Embora ele não detecte diretamente o câncer de colo do útero, o ultrassom pode revelar alterações na anatomia do útero, Papilomavírus Humano e região pélvica.
Importância do acompanhamento ginecológico contínuo
O diagnóstico precoce salva-vidas.
Por isso, é essencial que mulheres mantenham uma rotina de acompanhamento ginecológico contínuo em clínicas ou hospitais, mesmo que não apresentem sintomas.
Muitas pacientes que descobrem o câncer de colo do útero ainda em fase inicial têm maiores chances de cura e podem receber tratamentos personalizados com menor impacto em sua qualidade de vida.
O ginecologista é o profissional indicado para orientar sobre a frequência dos exames e para interpretar corretamente os resultados.