Câncer de Boca

por Oncocentro Curitiba

O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua.

É mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino na região Sudeste. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.

A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral.

Estatísticas

Estimativa de novos casos: 14.700, sendo 11.200 homens e 3.500 mulheres (2018 - INCA)

Número de mortes: 5.898 sendo 4.672 homens e 1.226 mulheres (SIM - 2015)

Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com o Serviço de Saúde.

O que aumenta o risco?

  • • Tabagismo: Quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros,tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.  
  • • Consumo regular de bebidas alcoólicas.
  • • Exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios.
  • • Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de boca.
  • • Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico está associada ao desenvolvimento de câncer de boca. Os trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.
  • • Infecção pelo vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de orofaringe.

Como prevenir?

  • • Não fumar
  • • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
  • • Ter alimentação rica em frutas verduras e legumes
  • • Manter boa higiene bucal
  • • Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral

Sinais e sintomas

Os principais sinais que devem ser observados são:

  • • Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo.
  • • Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas
  • • Nódulos (caroços) no pescoço
  • • Rouquidão persistente

Nos casos mais avançados observa-se:

  • • Dificuldade de mastigação e de engolir
  • • Dificuldade na fala
  • • Sensação de que há algo preso na garganta
  • • Dificuldade para movimentar a língua

Fique atento a esses sinais e a mudanças na coloração ou aspecto da sua boca. No caso de anormalidades, procure um profissional de saúde.

Detecção precoce

É  imprescindível estar atento ao surgimento de qualquer sinal de alerta. Diante de alguma lesão que não cicatrize em um prazo máximo de 15 dias deve-se procurar um profissional de saúde (dentista ou médico para a realização do exame completo da boca). Aproveite as consultas com o dentista para tirar dúvidas e, principalmente, relatar qualquer sinal ou sintoma diferente. Pessoas com maior risco para desenvolver câncer de boca (fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas) devem ter cuidado redobrado e fazer visitas periódicas ao dentista. Uma vez diante de uma lesão suspeita, a biópsia (exame de um fragmento da lesão) deve ser realizada, e o paciente encaminhado a médico especializado.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de cavidade oral normalmente pode ser feito com o exame clínico (visual), mas a confirmação depende da biópsia. Esse procedimento, na grande maioria das vezes, pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permitem ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento. O diagnóstico inicial permite tratamento com melhor resultado funcional, visto que tumores diagnosticados em estágios mais avançados vão implicar em tratamentos mais agressivos com maior chance de sequelas. 

Tratamento

Na grande maioria das vezes é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.

A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando a prevenir complicações e sequelas.

Fonte: Inca

Faça seu pré-agendamento aqui