10/09 - Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio
- por Oncocentro Curitiba
O Setembro Amarelo é uma iniciativa de visibilidade e prevenção ao suicídio lançada em 2014 pelo Centro de Valorização à Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), por causa do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que ocorre em 10 de setembro.
Veja a seguir algumas informações que podem ajudar a entender quando e qual a melhor forma de ajudar as pessoas.
Muitos transtornos psiquiátricos podem levar ao suicídio, mas também pode ocorrer de uma forma impulsiva. No que diz respeito a fatores de risco, esses grupos como adolescentes, idosos minorias e pessoas com histórico de outros acontecimentos do tipo na família estão mais propensos.
O Setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Mike era conhecido por seu carro amarelo, e levava uma vida feliz, aparentemente. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte. No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem "Se você precisar, peça ajuda.". A iniciativa foi o estopim para o movimento de prevenção ao suicídio.
De acordo com o que foi mencionado, confira algumas dicas que podem ajudar a reconhecer os sinais, assim ajudando quem precisa e prevenindo o suicídio:
- Fique atento aos sinais: Estar atento a determinadas características é de extrema importância. A pessoa que pensa em suicídio pode ter problemas para dormir, começa a ter falta de esperança, uma grande tristeza, grandes variações de humor. Cancelar compromissos e se isolar, evitar amigos, também é um possível sintoma. É preciso reconhecer os sinais da depressão, uma vez que as doenças mentais são as causas do suicídio, na maioria das vezes.
- Não menospreze a situação: Não se deve tratar uma pessoa que está pensando em cometer suicídio como dramática ou tratar como se estivesse fazendo aquilo para receber atenção. Se a pessoa está dizendo para você que está pensando em se matar, esse é um fator de risco importantíssimo. As pessoas pensam que quem se mata não fala sobre isso, e é o contrário. Se a pessoa disse isso para você, ela tem um risco aumentado. Escutar de forma empática, sem falar 'Isso é bobagem' etc".
- Perceba se a pessoa já tomou a decisão: No entanto, é preciso estar atento, principalmente, se a pessoa teve todos esses sintomas e tem uma calma repentina. Isso pode significar que a pessoa tomou a decisão final, então passa por um período de calmaria. A pessoa que já decidiu que cometerá suicídio passa a fazer algumas preparações, como visitar parentes e amigos, doar os próprios pertences, e também começam a escrever.
- Lembre a pessoa de que a depressão é temporária e tratável: Quando a pessoa está em depressão, a sensação é de que a doença é definitiva, e que não vai passar. No entanto, a depressão é tratável. Valorize o tratamento, mostrando que aquilo é uma coisa normal. Mais importante do que tentar dissuadir a pessoa do suicídio é deixar que ela fale a respeito da depressão que está sentindo. São coisas como essa que permitem ajudar uma pessoa em risco de suicídio. A pessoa que cometeu suicídio é uma vítima, não uma causadora.
- Não entre em negação: Dizer frases como "isso é bobagem", "você já tem tudo", "você tem uma família que te ama" com o propósito de negar o sentimento da pessoa pode piorar a situação. É extremamente perigoso, porque a pessoa não consegue ver assim. Você vai virar as costas achando que mudou alguma coisa, mas não mudou nada. Você precisa dar ouvidos, ouvir até o final o que ela tem para dizer, conversar de que se trata de um sintoma de uma doença mais grave e você está totalmente disposto(a) a acompanhá-la a um profissional de saúde. E às vezes até levá-la.