15 de Setembro - Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas
- por Oncocentro Curitiba
A estimativa de registro de 14.670 novos casos no Brasil em 2021 (8.170 entre homens e 6.500 em mulheres) chama a atenção para o linfoma, tipo de câncer que acomete o sistema linfático, principal responsável pela defesa do organismo.
Do total de casos estimados no país pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Bahia deverá responder por cerca de 600 ocorrências.
Diante do Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas – 15 de setembro, especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce como principal aliado no sucesso do tratamento.
Acometendo principalmente os linfonodos ou gânglios, também conhecidos como ínguas, o linfoma agride o sistema linfático e pode atingir qualquer parte do corpo. Não há uma forma efetiva de prevenção, mas a realização de exames médicos periódicos e de rotina é essencial para a detecção da doença em estágio inicial, possibilitando maior chance de sucesso no tratamento.
Quanto aos sinais que podem chamar a atenção e serem percebidos, por exemplo, caso o linfoma se desenvolva em linfonodos superficiais do pescoço e axilas, formam-se ínguas (linfonodos inchados) indolores que podem ser percebidas pela palpação. Já quando acomete o tórax, pode manifestar-se por tosse persistente, falta de ar e dor torácica. No abdome, pode haver desconforto e aumento do volume abdominal, acrescenta-se outros sintomas que podem estar presentes também, como febre, cansaço, suor noturno, perda de peso e coceira no corpo.
Alguns linfomas são indolentes, com crescimento relativamente lento, e outros de subtipos mais agressivos, de crescimento rápido.
Confira a seguir os riscos, sintomas e tratamento.
A exposição a substâncias químicas, como agrotóxicos, benzenos, solventes, radiação ionizante, o uso de terapias imunossupressoras e algumas infecções virais são fatores de risco que podem estar associados ao aparecimento de linfomas.
Existem muitas outras doenças que podem se manifestar por aumento dos linfonodos. Contudo, a suspeita de linfoma torna-se mais forte quando há aumento persistente e indolor dos linfonodos, por mais de quatro semanas, associado a febre, suores noturnos e/ou perda de peso.
O diagnóstico definitivo é feito através da biópsia do linfonodo. Uma vez confirmado, são realizados exames laboratoriais e de imagem para avaliar a extensão da doença. A escolha do tratamento dependerá do tipo de linfoma, da sua extensão e de características específicas do paciente, como idade e comorbidades clínicas.
De forma geral, o arsenal terapêutico pode envolver quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou a associação entre as modalidades.
Nos últimos anos, com o grande avanço na terapia genética, foi possível incorporar ao tratamento desses pacientes drogas de maior precisão, dirigidas a alvos moleculares específicos, tornando o tratamento muito mais efetivo e com menor efeito colateral.
O avanço e a incorporação de novas tecnologias à área da saúde têm possibilitado o surgimento exponencial de drogas com diferentes mecanismos de ação. As pesquisas apontam para um futuro promissor no combate aos linfomas.