5 de fevereiro Dia Nacional da Mamografia

por Oncocentro Curitiba

Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, o Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se cuidar e olhar com carinho para a saúde.

Com o diagnóstico precoce, é possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer de mama avance com o tratamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2020/2022 cerca de 66.280 novos casos da doença sejam identificados no Brasil.

A partir do rastreamento através da mamografia desde que realizado periodicamente diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%. Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso.

Mas, afinal, como o exame é feito?

Em um mamógrafo, a mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá para a paciente prender a respiração por alguns segundos. Em média, o exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo.

Quem deve fazer a mamografia

Acima dos 40 anos, o exame pode ser realizado anualmente para a detecção precoce do câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença. Quando o procedimento é realizado fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, ele pode ser indicado para complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.

Por que a mamografia não é recomendada antes dos 40 anos?

O exame pode trazer alguns riscos quando feito antes dos 40 anos. Além disso, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres abaixo da faixa etária é raro, representando apenas cerca de 10% dos casos. Por causa de uma maior densidade da mama, o exame pode trazer falsos negativos. Além disso, realizar a mamografia antes dos 40 anos expõe a mulher a uma radiação que não é necessária naquele momento.

Dói fazer mamografia?

O exame pode causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a dor seja passageira. Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é realizar a mamografia fora do período menstrual, pois a mama está mais sensível neste momento.

Quem tem silicone pode fazer mamografia?

Sim, pode. A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund, que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos resultados.

A radiação da mamografia pode fazer mal?

O exame é contraindicado na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações.

Existe preparo para fazer a mamografia?

O exame em si não necessita de muitos preparos, mas é recomendado que a mulher faça o agendamento da mamografia alguns dias após a menstruação. Isso ajuda a evitar o desconforto e oferece mais tranquilidade para a paciente durante o exame.

A vacina contra a covid-19 pode causar erros de interpretação na mamografia?

Sim, pode. Por causa do aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a vacina, a situação pode ser interpretada erroneamente como um sinal de câncer de mama, uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19.

Mulheres que estão amamentando podem fazer mamografia?

Não, o exame não é recomendado caso a mulher esteja amamentando ou grávida. Em situações como essa, o médico poderá solicitar outros exames de rastreamento que não sejam prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.

O autoexame substitui a mamografia?

Não! No caso do autoexame, ele auxilia na detecção de nódulos palpáveis, mas não substitui a realização da mamografia.

 

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