Câncer de pênis no Brasil tem incidência relativamente elevada dos tumores malignos nos homens
- por Oncocentro Curitiba
O câncer de pênis é uma doença rara no mundo, porém no Brasil tem incidência relativamente elevada, representando aproximadamente 2% dos tumores malignos dos homens.
Este tumor ocorre mais frequentemente em regiões de baixo nível socioeconômico, estando relacionada a más condições de higiene e/ou infecção pelo HPV.
Nos Estados Unidos, o câncer de pênis representa apenas 0,4% dos tumores malignos do sexo masculino. Nos países escandinavos, a incidência do tumor de pênis varia de 1 a 1,3 por 100.000 habitantes, enquanto que na cidade de Recife, por exemplo, este índice chega a 50. Nos estados do Acre e Maranhão, este tipo de tumor é o 2º mais frequente, atrás apenas do câncer de pele.
Pesquisas indicam as principais condições que favorecem o aparecimento do câncer de pênis que são:
- Falta de higiene e nutrição.
- Ter mais de 60 anos.
- Fimose.
- Acúmulo de Esmegma (secreção produzida normalmente).
- Doenças sexualmente transmissíveis (Infecção por HPV).
- Fumantes.
Uma constatação a favor do papel da fimose como predisponente é o fato de que pessoas circuncidadas ao nascer ou na infância não desenvolvem a doença com a mesma frequência que os não-operados. No entanto, a cirurgia da fimose na vida adulta não previne o câncer de pênis.
Diagnóstico e tratamento
O paciente normalmente repara uma ferida no pênis, com aspecto irregular e odor fétido. Surge na glande do pênis, podendo ser ulcerada, dura e vegetante (elevada). Frequentemente causa dificuldade de convívio social e interfere significativamente na qualidade de vida do paciente.
Quando a doença é detectada no início, tem grande chance de cura. No entanto, quando o diagnóstico é tardio, o câncer de pênis pode ser de difícil controle.