Como anda sua carteira de vacinação?
- por Oncocentro Curitiba
Baixa procura por vacina de doenças como Sarampo, Rubéola e Gripe por conta da pandemia preocupa especialistas. Elas são essenciais e não as tomar pode gerar novos surtos.
No dia 09 de junho, comemora-se o Dia Nacional da Imunização, mas não há muito o que comemorar, alertam especialistas. Por conta da pandemia, milhares de pessoas estão deixando de procurar postos de saúde regularmente para manter a carteira de vacinação em dia. Com isso, doenças até então erradicadas, como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche, podem voltar à cena. Um dos exemplos mais recentes é o sarampo, que desde o ano passado vem provocando novos surtos pelo país. Doença infecciosa grave e que pode levar à morte, o sarampo foi registrado em 21 estados e permanece ativo em São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá. Foram mais de 8,4 mil casos em 2020 e, em 2021, o estado do Amapá já tem 320 casos e duas mortes confirmadas. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também emitiu alerta de risco epidemiológico para rubéola e poliomielite.
São doenças que acometem de forma grave principalmente crianças pequenas e que poderiam ser evitadas com a imunização. Infelizmente, as pessoas estão deixando de vacinar por medo da contaminação por covid, mas é preciso lembrar que não é só a covid que mata. É preciso estar atento ao calendário de vacinação para cada faixa etária.
Idosos e adultos também possuem calendário de vacinação específica. Difteria, tétano e febre amarela, por exemplo, é indicado reforço de 10 em 10 anos. Já os idosos precisam, ainda, se vacinar contra a gripe anualmente e fazer um esquema de imunização contra pneumonia, que é a principal causa de morte nessa faixa etária. Pessoas com doenças crônicas também precisam de vacinas extras e, muitas vezes, não recebem orientações nesse sentido. Mas podem questionar seus médicos quanto a isso. O velho ditado ‘prevenir é melhor que remediar’ é sempre válido.
A rede pública ainda não disponibiliza as vacinas para pneumovírus, mas elas podem ser encontradas na rede particular e uma única dose reduz em até 70% o risco de morte.
O Brasil tem um dos maiores programas de imunização do mundo, mas é preciso que adultos e idosos se conscientizem mais para a importância de se vacinar. A população precisa entender que todos precisam de vacina. O que se diariamente são adultos preocupados em proteger somente as crianças. Vacina é para todos e o adulto brasileiro precisa mudar esse pensamento.
Manter a caderneta de vacinação em dia é importante para essas e para outras doenças que também matam centenas ou milhares pessoas a cada ano. São 300 milhões de doses das vacinas incluídas no Calendário Nacional de Vacinação. Busque as vacinas disponíveis nas salas de vacinação, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e mantenha o cartão de controle de imunização atualizado. Saúde é uma responsabilidade de todos nós.