Controlando o Estresse
- por Oncocentro Curitiba
O estresse e ansiedade andam lado a lado com um diagnóstico de câncer. E as vezes nem o fim do tratamento, leva a ansiedade e o estresse embora.
Mesmo curado, você ainda pode se preocupar com a real eficácia do tratamento, o medo da recidiva ou até mesmo com as mudanças que os tratamentos e o câncer em si podem ter trazido para a sua vida e seu corpo.
Com o fim do tratamento, você deseja voltar "ao normal” e pode até ter dúvidas sobre se isso é realmente possível. Você quer que as coisas voltem a ser como antes, mas talvez seja necessário deixar para trás seu "velho normal” e começar a pensar no "novo normal”.
O diagnóstico do câncer também pode te fazer rever alguns valores e prioridades na sua vida. Você pode querer passar mais tempo com a família e os amigos, pode decidir ser voluntário em alguma ONG. Você também pode decidir largar um casamento problemático, voltar a estudar ou trocar de emprego. O importante é começar a fazer coisas que te façam mais feliz.
As formas que as pessoas encontram para lidar com as emoções são muitas vezes chamadas de mecanismos de sobrevivência. Cada pessoa possui sua forma de lidar com o stress da doença, preocupações, medos e outras emoções negativas.
Normalmente, as pessoas costumam abordar os problemas de duas maneiras: trabalhando ativamente sobre eles, ou evitando. A mais saudável, no entanto, é enfrentar e resolver o problema.
Maneiras para gerenciar e lidar com o estresse do Câncer
Evitar o problema pode ser tentador, porém fingir que ele não existe, não vai resolver nada. Por isso, enfrentar o problema de frente geralmente é a melhor solução. Veja a diferença:
Como lidar com um problema
- Tomar medidas para se livrar do problema.
- Pensar em como lidar com o problema.
- Procurar aconselhamento e informação para lidar com o problema.
- Procurar apoio.
- Aceitar que o problema existe e que você não pode controlar.
- Procurar novas perspectivas.
- Tornar-se consciente de seus sentimentos e saber expressá-los.
Evitando um problema
- Negar a existência do problema.
- Evitar contato social.
- Evitar pensar no problema.
- Pensar que tudo vai se resolver sozinho.
- Usar drogas ou álcool para esquecer o problema.
- Culpar-se pelo problema.
Manter-se ocupado e ignorar o problema.
Quando uma pessoa não fala sobre os seus sentimentos, ela pode acabar agindo de forma hostil com seu parceiro ou amigos e acabar se arrependendo mais tarde desses comportamentos impulsivos. No entanto, é importante não confundir o comportamento de restrição com ignorar seus sentimentos. Consciência de seus próprios sentimentos é importante para uma melhor saúde mental.
Por exemplo: Se você tem receio que seu parceiro veja sua reconstrução da mama ou a sua bolsa de colostomia, você pode evitar entrar em uma situação sexual, mas seria muito melhor se você pudesse encontrar uma maneira de conversar com o seu parceiro e explicar os seus medos e vergonhas. Diga ao seu parceiro o que te preocupa e faça o sexo ser confortável para ambos.
Para encontrar maneiras saudáveis de lidar com os sentimentos estressantes normais que acompanham o tratamento, você deve:
- Procurar saber mais sobre esses sentimentos e medos mais comuns que surgem após o tratamento.
- Reconhecer quando você precisa de ajuda com os problemas emocionais.
- Saber onde obter apoio e como continuar.