Dia Internacional da Luta contra a Endometriose

por Oncocentro Curitiba

O dia 7 de maio é uma data importante no calendário para a saúde da mulher. Uma oportunidade para reforçar o debate e a importância de levar informações sobre uma doença, que atinge, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 180 milhões de mulheres no mundo todo; 7 milhões no Brasil.

Hoje é Dia Internacional da Luta contra a Endometriose.

A endometriose é caracterizada pela presença de células do endométrio (tecido vascularizado que reveste o interior do útero e é expelido durante a menstruação) em outras partes do corpo, como atrás do útero, nos ovários, no intestino ou até mesmo na bexiga. Casos raros em que a doença foi diagnosticada em órgãos mais afastados como os pulmões e o cérebro também já foram documentados. Os motivos por trás dessa viagem pelo corpo ainda estão sendo estudados pelos especialistas.

Mesmo estando fora do útero, o tecido endometrial mantém o seu comportamento: acompanhando as variações hormonais, torna-se mais espesso durante o ciclo menstrual e sofre sangramento ao final dele. O sangramento não ocorre em todos os locais onde o endométrio se instala, mas, de qualquer forma, essas alterações podem provocar inflamações nos órgãos a longo prazo.

SINTOMAS

Cada paciente experiencia a doença de uma forma diferente, mas alguns sintomas costumam ser mais comuns como a cólica durante a menstruação (que não é um sintoma decisivo, mas pode indicar que algo não vai bem), sangramentos anormais (fluxo intenso e irregular é comum em 10 a 15% das pacientes), cólicas no meio do ciclo menstrual e dispareunia (dor durante ou depois da relação sexual).

Entre 30 e 40% das portadoras de endometriose também podem apresentar dificuldade para engravidar — sendo que a doença está associada a cerca de 40 a 50% dos casos de infertilidade entre as mulheres.

Além disso, pesquisas indicam que mulheres com endometriose estão mais propensas a desenvolver doenças autoimunes, como hipotiroidismo, asma, fibromialgia, lúpus, entre outras.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Diante dos sintomas, a mulher deve procurar o médico para confirmar a doença e o especialista pode recorrer a várias técnicas como ultrassonografia transvaginal, laparoscopia ou ressonância pélvica.

Os tratamentos disponíveis podem dar à mulher uma vida normal, mesmo diante de uma doença crônica. Geralmente são indicados medicamentos hormonais e eles têm a função de gerar uma “falsa gravidez” ou “falsa menopausa” e, dessa forma, impedir a ovulação. Nos casos mais graves é preciso uma cirurgia em que é feito a excisão e a cauterização das lesões.

Embora a endometriose seja um empecilho para que a mulher consiga engravidar, especialistas garantem que um tratamento adequado pode devolver à fertilidade para a paciente.

 

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