Dia Mundial da Hipertensão Arterial
- por Oncocentro Curitiba
A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é uma das doenças que mais afetam os brasileiros. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 30 milhões de pessoas sofrem deste problema.
Trata-se de uma doença crônica que se caracteriza pela elevação nos níveis da pressão sanguínea nas artérias. Com isso, faz com que o coração tenha que trabalhar mais do que o normal para que o sangue consiga atingir todas as partes do corpo.
Caso a hipertensão não seja tratada adequadamente, os riscos de ela desencadear outros distúrbios são muito grandes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, ela é responsável por 40% dos casos de infarto, 80% dos derrames e 25% de insuficiência renal. Além disso, ela está entre os principais fatores de risco para aneurisma cerebral, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
Confira a seguir algumas afirmações comuns que circulam sobre a hipertensão e esclareça as suas dúvidas. Conscientizar-se é o primeiro passo combater essa doença.
Hipertensão é doença apenas de obesos e sedentários?
- Mito! Embora seja de origem multifatorial, a hipertensão pode ocorrer em pessoas sem sobrepeso e que praticam atividade física.
Hipertensão é doença hereditária?
- Verdade! Existe também o componente genético, cerca de 30% dos indivíduos com pais hipertensos também serão.
Não é possível prevenir a hipertensão arterial?
- Mito! Como é uma doença multifatorial deve ser adotada uma dieta saudável rica em legumes, frutas e pobre em sal. Além de controlar o peso e o nível de glicemia. Sempre é recomendável atividade física e visita anual ao médico para aferir a pressão arterial. Caso um dos pais seja hipertenso, a aferição da pressão arterial deve se iniciar desde os 20 anos.
Crianças não têm pressão alta?
- Mito! Dados epidemiológicos mostram valores próximo a zero na população abaixo de 18 anos. A hipertensão pode ser observada na infância em condições associadas a outras patologias como problemas renais ou a uma cardiopatia congênita, denominada Coartação da Aorta. Portanto, é raro, mas crianças podem ter hipertensão arterial.
A alimentação equilibrada realmente é um dos pilares para evitar doenças cardíacas?
- Verdade! Em conjunto, a atividade física e alimentação saudável proporcionam a redução do excesso de gordura e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. O estilo de vida equilibrado promove a melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Retirar o sal das refeições reduz os riscos de aumento da pressão arterial?
- Mito! O consumo de sal está relacionado ao aumento no risco de doenças cardiovasculares e da hipertensão arterial, porém não é o único motivador da pressão alta. É preciso ressaltar a importância do uso contido de sal, porém também da prática de atividades físicas regulares e de uma alimentação equilibrada.
Homens tem mais propensão a doenças cardiovasculares?
- Verdade! Atualmente a propensão entre homens e mulheres é semelhante e depende dos fatores de risco cardiovascular, como diabetes, obesidade, tabagismo e hipertensão arterial.
Dor no peito é o único sinal de infarto?
- Mito! É o principal, mas não o único. Outros sintomas podem ser equivalentes, como dor semelhante à azia, falta de ar, dor na mandíbula ou nas costas, além de sudorese e náuseas.
A menopausa ou menopausa precoce pode levar as mulheres a um maior risco de problemas cardíacos?
- Verdade! A menopausa precoce, seja natural ou cirúrgica, é considerada fator de risco emergente, ou seja, que se soma aos outros riscos cardiovasculares. A menopausa ocorrida em torno da 5ª década não se associa significativamente ao fator de risco adicional, porém a maioria das mulheres ganham peso e tornam-se sedentárias nesse período, o que leva a desenvolver algumas doenças cardíacas.
Coração partido existe?
- Verdade! Além do elemento figurado, existe a doença do coração partido. Também conhecida como doença de Takotsubo, se caracteriza por alteração da contratilidade cardíaca. É causada por estresse físico ou mental e com apresentação muito semelhante à do infarto.