Diferenciar uma lesão de uma pinta nem sempre é simples
- por Oncocentro Curitiba
Pintas que surgem após os 45 anos devem chamar atenção. Quando células anormais da pele passam a se multiplicar sem controle, formam-se os tumores, ou o câncer de pele.
Diferenciar uma lesão de uma pinta, no entanto, nem sempre é simples, mas a importância dessa identificação é significativa.
O câncer de pele é o mais frequente no mundo, e o de maior incidência no Brasil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que cerca de 33% de todos os tumores malignos diagnosticados no país sejam de neoplasias localizadas na pele, com uma média de mais de 180 mil novos casos registrados todos os anos.
Veja a seguir alguns tipos e subtipos:
O tipo mais comum de câncer de pele é o chamado de não melanoma, que aparece tanto em homens como em mulheres e possui uma baixa taxa de mortalidade. No entanto, se não for tratado adequadamente, pode deixar mutilações expressivas no paciente.
O câncer de pele não melanoma divide-se em dois subtipos:
- Carcinoma basocelular (CBC): É o mais comum e surge nas células basais (localizadas na camada mais profunda da pele). Raramente apresenta metástase. É mais frequente em áreas expostas ao sol como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
- Carcinoma espinocelular (CEC): Se manifesta nas células das camadas superiores da pele e pode surgir em qualquer parte do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol. O CEC é um pouco mais perigoso e pode apresentar metástase.
Já o câncer de pele do tipo melanoma tem origem nos melanócitos (células da pele que produzem melanina e dão a cor ao tecido) e costuma acometer mais adultos brancos. É o tipo mais agressivo de câncer de pele e tem alta letalidade devido ao alto risco de se espalhar para outros órgãos do corpo. Costuma ser raro, correspondendo a apenas 3% dos casos diagnosticados.
Alguns parâmetros podem ser observados para se identificar uma lesão do tipo melanoma.
Seguindo a regra chamada de ‘ABCD’, que significa observar a presença ou não de assimetria, bordas irregulares, coloração múltipla e diâmetro maior do que 5 mm.
Atenção às pintas tardias
A principal causa para o surgimento de todos os tipos de câncer de pele é a exposição excessiva ao sol, mas ela não é a única. Exposição a agentes químicos, feridas crônicas e a genética familiar são fatores que também podem desencadear o problema.
É importante ficar atento para pintas que surgem após os 45 anos. Não é normal surgir novas lesões após essa idade. Se a lesão aparece como uma bolinha que vai crescendo e vira uma ferida que nunca cicatriza completamente; ou ainda que apresente coloração variada ou bordas irregulares, ela se torna uma lesão suspeita.
Muitas vezes, o câncer surge como um pequeno ponto que passa desapercebido pela pessoa. Por isso, é importante fazer um exame dermatológico anual, especialmente se há outros casos na família ou se o indivíduo já apresentou lesões cancerígenas anteriormente, neste caso, o acompanhamento é feito em intervalos menores, a cada três ou seis meses.
O diagnóstico do problema é realizado a partir de um exame clínico da pinta.
- Utiliza-se um aparelho para aumentar a imagem e, se houver uma suspeita forte, remove-se a lesão e a encaminha para o laboratório para análise.
Para todos os tipos de câncer, o tratamento recomendado é cirúrgico com a remoção da lesão e considerado curativo na maioria dos casos. No entanto, quando é observada metástase, são necessárias sessões de quimioterapia ou imunoterapia.
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