Dúvidas quanto à recidiva?
- por Oncocentro Curitiba
Todas as pessoas que passam por um tratamento oncológico, ficam apreensivas com a possibilidade de sofrer com as chamadas recidivas do câncer. Este é o nome dado quando o câncer e seus sinais voltam após algum tempo da finalização do tratamento.
Mas, a informação é uma grande ferramenta para trabalhar contra o câncer e todas as outras doenças. Por isso, é importante buscar esclarecimentos de como podem ocorrer as recidivas e como seguir com o acompanhamento médico para prevenir, diagnosticar e tratar as recidivas do câncer.
O que são, exatamente, as recidivas do câncer?
As recidivas do câncer são caracterizadas pelo reaparecimento da doença, que pode ser no mesmo local ou em outros órgãos. Quando o câncer se espalha para outras partes do corpo, ele ainda é nomeado pelo local onde a doença foi detectada pela primeira vez.
Como e por que ocorrem as recidivas do câncer?
A recidiva do câncer ocorre quando pequenas áreas tumorais permanecem no corpo após o tratamento. Trata-se de micro metástases, que são indetectáveis por exames de imagens, mesmo os mais modernos.
Com o passar do tempo, que pode ser meses ou anos, essas células podem se multiplicar indiscriminadamente, levando ao desenvolvimento de um novo câncer.
Um tumor de 1 cm³ pode abrigar até 1 bilhão de células cancerosas. Por essa informação, é possível perceber como se torna impossível a detecção de poucas células tumorais no local atingido.
Quais os tipos de recidivas do câncer?
O câncer em recidiva pode reaparecer no mesmo local onde foi diagnosticado inicialmente ou em outras regiões do corpo. De acordo com essa localização é que se costuma classificar os diferentes tipos de recidiva. Assim, temos:
- Recidiva local: é quando o câncer volta no mesmo lugar onde houve a primeira ocorrência da doença;
- Recidiva regional: o câncer volta nos linfonodos próximos à região do primeiro câncer;
- Recidiva metastática distante ou metástase à distância: quando o câncer volta em outra parte do corpo, geralmente distante de onde ocorreu pela primeira vez. É quando uma paciente, a princípio com câncer de mama, desenvolve a doença nos pulmões, fígado ou câncer nos ossos, por exemplo.
Há como prever a possibilidade de recidiva?
Infelizmente, não existe uma forma exata que torna possível prever a probabilidade de que, após a remissão da doença, haja o ressurgimento do câncer, isto é, a recidiva. Existem para alguns tipos de câncer alguns algoritmos para estimar uma probabilidade de recidiva, contudo, ainda sim, é uma forma inexata de calcular essa probabilidade de recidiva.
Mas, cada tipo de câncer apresenta um padrão tipo de recidiva. Por isso, é fundamental seguir as orientações do cirurgião oncológico para o seguimento após a finalização do tratamento. Com o acompanhamento regular com o oncologista, e uma rotina de exames periódicos, qualquer indício de retorno da doença pode ser mais facilmente identificado.
Como fatores nutricionais e psicológicos podem ajudar na prevenção?
O que já se sabe sobre a influência dos alimentos na prevenção do câncer, seja na primeira ocorrência ou em recidivas, ainda é muito inconclusivo. No entanto, está comprovado que as consequências da má alimentação, sobretudo a obesidade e o sobrepeso, estão entre os principais fatores de risco para a recidiva do câncer.
Ao mesmo tempo, o organismo de pessoas com déficit nutricional pode ter mais dificuldade em combater a doença, prejudicando a evolução do tratamento. Por isso, a dieta equilibrada é uma das chaves para prevenir as manifestações da doença.
Como é o diagnóstico e tratamento das recidivas do câncer?
O diagnóstico das recidivas do câncer normalmente se dá em uma das consultas de retorno ao oncologista. A detecção é feita da mesma forma que ocorreu da primeira vez, em geral por exames de imagem.
Os protocolos de tratamento são muito variados, já que depende de qual é o tipo de recidiva. Além disso, pode ser que as células da recidiva tenham resistência aos medicamentos utilizados na primeira vez. Neste caso, será preciso mudar de estratégia de abordagem.
Por essa razão, é preciso manter a vigilância e contar sempre com uma equipe qualificada.
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