Dúvidas sobre a vacinação de crianças contra a covid-19?
- por Oncocentro Curitiba
No início de 2022, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de crianças da faixa etária de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Estima-se que esse público seja de 20 milhões de crianças.
Veja a seguir algumas perguntas e respostas referente a vacinação de crianças contra a covid-19.
- Todas as crianças podem tomar a vacina?
Sim, todas podem. A vacina da Pfizer usa uma parte de RNA sintético, feito em laboratório. Não usa o vírus inteiro. Por isso, é segura para qualquer tipo de criança, seja com a imunidade baixa, com outras doenças inflamatórias, crônicas, entre outras.
Por questão de segurança e indicação, a prioridade são as crianças com algum tipo de doença e imunidade comprometida, pois elas têm um grande risco de contrair a forma grave da covid-19 e a vacina ajuda a reduzir muito esse risco.
- Pacientes pediátricos oncológicos em tratamento com quimioterapia e radioterapia também podem tomar a vacina?
Sim. Mesmo para a criança em tratamento oncológico (imunossuprimida), que tenha doença ativa ou não, a vacina é indicada. É recomendado que os responsáveis pela criança conversem com o oncologista para saber o melhor momento da vacinação, para que a resposta imunológica proporcionada pela vacina seja a melhor possível.
- A vacina contra a covid-19 oferece algum risco para as crianças?
Não. A vacina que será aplicada nas crianças é a da Pfizer, uma vacina muito segura e eficaz na população em geral e também para as crianças. Estudos iniciais com mais de 4.500 crianças não relataram efeitos colaterais graves.
- Quando não é recomendado que as crianças tomem a vacina?
A única contraindicação seria se a criança tiver uma reação alérgica muito grave na primeira dose, como um choque anafilático, por exemplo. Nesse caso, seria contraindicada a segunda dose.
- Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Dor e vermelhidão no local da aplicação, febre e dor no corpo. Geralmente, duram até 48h após aplicação. Se os efeitos colaterais passarem de 72h, é importante procurar o atendimento pediátrico.
- A vacina é a mesma do adulto?
O tipo de vacina é o mesmo, mas foi feita uma dosagem mais adequada para faixa etária do público infantil, com menos RNA na composição.
- Por que vacinar crianças se tivemos menos casos em comparação com a população adulta?
Mesmo que o número em crianças contaminadas seja menor, existem casos de crianças que adquiriram a forma grave da doença e de morte. Além de proteger a saúde dos pequenos, a vacinação em massa ajuda a parar a circulação do vírus, pois quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais barreiras contra a circulação viral teremos. Também é uma proteção indireta para familiares considerados como grupo de risco.
- Quantas doses as crianças vão tomar?
Inicialmente, serão duas doses, com intervalo mínimo de 21 dias.
- Como a vacinação pode ajudar o paciente pediátrico oncológico?
Estudos indicam que uma pessoa imunizada tem menor tempo de transmissibilidade do vírus e menor carga viral. Dessa forma, reduz a capacidade de infectar o próximo, sobretudo um paciente em terapia oncológica que não pode receber o imunizante.
Mesmo as infecções se mostrando menos letais do que na faixa etária dos adultos, foram registrados mais de 300 óbitos com idade pediátrica no Brasil. Com a vacinação para crianças a partir de 5 anos de idade, essa taxa de letalidade deve reduzir, sobretudo nos indivíduos imunossuprimidos que são os mais vulneráveis.
Paciente imunizado tende a ter menor tempo de duração dos sintomas e maior chance de permanecer assintomático durante a infecção. Com isso, é possível reduzir tanto os atrasos nos tratamentos quanto a alteração de protocolos terapêuticos.
- Os efeitos colaterais da vacina podem ser diferentes no paciente oncológico?
Até o momento, não existe evidência de maior ocorrência ou maior intensidade dos efeitos colaterais dentre os relatados para paciente oncológico pediátrico.
- Existe algum cuidado especial que deve ser tomado?
É importante seguir a programação das segundas doses ou de reforço, se houver, além de manter o uso de máscara, higienização das mãos e evitar aglomerações.
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