Fatores protetores do câncer colorretal
- por Oncocentro Curitiba
Quando se fala em tipos de câncer, os primeiros que vêm à mente e que mais preocupam a maior parte da população são o câncer de mama e o câncer de próstata. Mas há um tipo de câncer que figura entre os mais frequentes, mas é bastante esquecido: o câncer colorretal, localizado na parte inferior do trato digestivo.
Todo ano, cerca de 1,4 milhão de casos são diagnosticados em todo o mundo, e aproximadamente 700 mil mortes são associadas a ele.
O câncer colorretal está aumentando progressivamente. No Brasil, cresce especialmente nas regiões Sul e Sudeste, pois é mais comum em lugares com padrão de vida elevado. Hoje, é o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres.
A doença está ligada a dietas pobres em fibras, obesidade, consumo excessivo de carnes processadas e de cigarro, sedentarismo e genética. Entre os sinais de alerta, a alteração no ritmo intestinal, os sangramentos na região e as distensões abdominais. É uma doença silenciosa, que exige uma atenção especial na prevenção.
Colonoscopia: exame simples que previne e detecta o câncer colorretal
O método mais eficaz para a prevenção e o diagnóstico do câncer colorretal é a colonoscopia. Trata-se de um exame simples, feito com o paciente sedado, por meio de um tubo flexível que é introduzido pelo ânus. Esse tubo é muito pequeno (1,2 cm) e tem uma microcâmera e duas fontes de luz para a visualização do intestino.
Em pacientes que não apresentem fatores de risco, a colonoscopia deve ser feita a cada dez anos, a partir dos 50 anos de idade. Caso o médico que acompanha os exames de rotina do homem ou da mulher note características que exijam uma atenção extra, pode pedir a colonoscopia antes dessa idade ou em um intervalo mais curto.
Conheça os fatores protetores do câncer colorretal
Além da prevenção e da detecção pela colonoscopia, é possível proteger o corpo contra o câncer colorretal por meio da alimentação e de hábitos cotidianos. Confira quais são estes fatores protetores e de que forma eles atuam no organismo.
Atividade física regular
A prática de exercícios físicos protege o organismo contra o câncer colorretal de duas maneiras: diminuindo a resistência à insulina – que estimula todas as células a crescerem, inclusive as cancerígenas – e liberando endorfina, hormônio que fortalece o sistema imunológico. A população que adota atividades físicas no dia a dia tem 25% menos risco de ter câncer colorretal.
Dieta rica em frutas e vegetais
Quanto mais frutas e vegetais estiverem presentes no prato, menos espaço haverá para gorduras e carnes processadas, que aumentam o risco do câncer colorretal. Também se dá um controle da obesidade e uma diminuição da resistência à insulina.
Dieta rica em fibras
As fibras dos cereais e de vegetais, como brócolis, couve e espinafre, aceleram o trânsito intestinal e agridem menos as células da mucosa do intestino, diminuindo o risco de desenvolvimento do câncer colorretal.
Consumo de leite e derivados
É o fator protetor mais controverso. Estudos experimentais mostram que há menos risco de ter câncer colorretal quando se consome leite e seus derivados com frequência, mas a razão desta relação ainda é desconhecida.
Níveis adequados de vitamina D
Pacientes com doenças metastáticas, como o câncer, apresentam quadros melhores com a vitamina D, provavelmente porque ela diminui as inflamações.
Os níveis adequados de absorção de vitamina D pelo organismo podem vir da combinação entre alimentação balanceada e exposição ao sol ou da suplementação, já que boa parte da população não tem acesso aos banhos de sol diários necessários. Consulte um médico para determinar a melhor forma de absorção da substância.
Consumo de peixe
Comer peixe regulamente também contribui para diminuir o risco de ter câncer colorretal. Assim como no caso das frutas e vegetais, não se sabe a quantidade exata, mas associa-se a entrada do peixe à saída da carne processada do prato, uma substituição que só traz benefícios para a saúde de todos.