Fevereiro Roxo e Laranja: Conscientização sobre Lúpus, Fibromialgia, Alzheimer e Leucemia
- por Oncocentro Curitiba
Para conscientizar e incentivar a realização de exames, fechamos o mês de fevereiro que trabalha duas cores fortes que representam perigosas doenças.
A cor laranja, simboliza a Leucemia, que se trata de um tipo de câncer que afeta os tecidos que formam as células sanguíneas, geralmente de origem desconhecida. E a cor roxa retrata o Lúpus, Fibromialgia e o Alzheimer, sendo duas doenças autoimunes e uma degenerativa, sendo silenciosas em seus sintomas e de progressão gradual.
Leucemia
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas existem fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença, como:
- Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química).
- Radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia).
- Quimioterapia (algumas classes de medicamentos usados no tratamento do câncer e doenças autoimunes).
- Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil, entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios: antisséptico, desinfetante, fixador histológico e solvente), além do uso não autorizado pela Anvisa desta substância em alguns salões de beleza (procedimento de alisamento capilar).
- Produção de borracha.
- Síndrome de Down e outras doenças hereditárias.
- Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas.
- História familiar.
- Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C.
A detecção deste tipo de câncer pode ser realizada por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. Este diagnóstico precoce possibilita melhores resultados em seu tratamento.
Lúpus
O Lúpus (LES) é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões. Existem quatro formas diferentes de manifestação: Lúpus Discoide (limitado à pele do indivíduo), Lúpus Sistêmico (tipo mais comum, onde a inflamação acontece em todo o organismo), Lúpus induzido por drogas (causado por medicamentos e/ou drogas) e Lúpus Neonatal (tipo mais raro, em recém-nascidos de mulheres que têm lúpus). Os sintomas podem surgir de repente ou se desenvolverem lentamente, os mais conhecidos são:
- Dores nas articulações.
- Rash cutâneo (vermelhidão na face em forma de borboleta sobre as bochechas e a ponta do nariz.
- Rigidez muscular e inchaços.
- Lesões na pele.
- Dificuldade para respirar.
- Dor no peito ao inspirar profundamente.
- Sensibilidade à luz do sol.
- Dor de cabeça, confusão mental e perda de memória.
- Linfonodos aumentados.
- Queda de cabelo.
- Feridas na boca.
- Desconforto geral, ansiedade, mal-estar.
Atualmente ainda não existe uma cura para o Lúpus, no entanto os tratamentos podem melhorar a qualidade de vida e controlar os sintomas. Pacientes com a doença devem realizar modificações no estilo de vida, incluindo dieta e proteção contra o sol, além do uso de medicações, de acordo com o diagnóstico.
Fibromialgia
A fibromialgia, é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura, isto acontece devido uma alteração da interpretação dos estímulos recebidos pelo cérebro e também pelos receptores cutâneos. Tipicamente presente em mulheres, os principais sintomas são:
- Dor persistente e sensibilidade que se espalham pelo corpo todo, principalmente pelo crânio, tórax e coluna vertebral.
- Rigidez corporal.
- Fadiga (Sono fragmentado e sono não-restaurador).
- Dificuldades cognitivas.
- Ansiedade e/ou depressão.
- Alterações intestinais.
Embora ainda não haja cura, o tratamento controla a doença e deve ser feito com um acompanhamento especializado, consistindo no uso de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos, relaxantes musculares e atividades físicas como aeróbica e anaeróbica.
Alzheimer
O Alzheimer é uma doença progressiva que causa problemas na memória, pensamento e comportamento. Nos estágios iniciais, os sintomas de demência podem ser mínimos, mas pioram conforme a doença causa mais danos ao cérebro. Segundo o Ministério da Saúde, o quadro clínico da doença se divide em quatro:
- Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
- Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
- Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
- Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
Apesar de não haver tratamentos que impeçam o progresso da doença de Alzheimer, há medicamentos para tratar os sintomas de demência. A taxa de progresso é variável conforme a pessoa, contudo, pessoas portadoras de Alzheimer vivem em média até oito anos após o início dos sintomas. Afetando também mais mulheres, do que homens, existem formas de se prevenir, como:
- Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa.
- Fazer exercícios de aritmética.
- Jogos inteligentes.
- Atividades em grupo.
- Não fumar.
- Não consumir bebida alcoólica.
- Ter alimentação saudável e regrada.
- Fazer prática de atividades físicas regulares.
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