Já ouviu falar do CBCs? O Carcinoma Basocelular.
- por Oncocentro Curitiba
No mês de Dezembro, com o verão, nossa maior preocupação é esclarecer e alertar seus pacientes sobre os riscos do câncer de Pele.
Hoje trataremos exclusivamente do Carcinoma Basocelular. O CBCs surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que desencadeiam seu surgimento. Certas manifestações do CBC podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada. O tipo mais encontrado é o CBC nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
A causa principal
Tanto a exposição ao Sol acumulada ao longo da vida quanto os episódios ocasionais de exposição intensa (que em geral provocam queimaduras) contribuem para provocar os danos que podem resultar em CBC. Os tumores surgem com maior frequência nas áreas expostas do corpo, especialmente na face, nas orelhas, no pescoço, no couro cabeludo, nos ombros e no dorso. Em raras ocasiões, no entanto, esses tumores se desenvolvem em áreas não expostas. Em alguns casos, o contato com arsênico, a exposição à radiação, a existência de lesões abertas que não cicatrizam, a existência de doenças de pele inflamatórias crônicas, bem como complicações decorrentes de cicatrizes, queimaduras, infecções, vacinas e até mesmo de tatuagens são outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença. Não é possível apontar com precisão uma causa única para um tumor específico, especialmente quando é encontrado em áreas protegidas do corpo ou se desenvolve em indivíduos extremamente jovens.
Você está sob risco?
Qualquer pessoa com histórico de exposição solar pode desenvolver um CBC. Entretanto, as pessoas que têm maior risco são aquelas de pele branca, cabelo loiro ou ruivo e olhos azuis, verdes ou acinzentados. As pessoas mais velhas em geral são as mais afetadas, mas como a quantidade de casos novos tem aumentado significativamente durante as duas últimas décadas, a média de idade dos pacientes tem diminuído de forma constante. A doença raramente se manifesta em crianças, mas ocasionalmente pode afetar os adolescentes. Os dermatologistas registram um número cada vez maior de pessoas na faixa dos vinte e trinta anos tratadas de câncer de pele.
Os homens apresentam um número maior de casos de CBC do que as mulheres, mas hoje existe uma quantidade maior de mulheres com a doença do que no passado. A quantidade de mulheres em torno dos 40 anos diagnosticadas com carcinoma basocelular mais que dobrou nos últimos 35 anos. Trabalhadores cuja ocupação exige longos períodos ao ar livre e pessoas que desfrutam os seus momentos de lazer sob o Sol são particularmente susceptíveis à doença.
Para não ignorar
Os CBCs em estágios iniciais são facilmente tratáveis, com índices de cura próximos de 100%. Porém, quanto maior o crescimento do tumor, mais extenso será o tratamento realizado. Embora esse tipo de câncer raramente se espalhe ou produza metástases nos órgãos vitais, pode danificar o tecido adjacente, causando às vezes destruição e desfiguração consideráveis. Alguns CBCs são mais agressivos do que outros.
Quando pequenos tumores de pele são removidos, as cicatrizes geralmente são cosmeticamente aceitáveis. Se o tumor for maior, um enxerto ou retalho de pele pode ser utilizado para cobrir o ferimento, de modo a obter o melhor resultado cosmético e facilitar a cicatrização.
Risco de recidiva
As pessoas que já tiveram um CBC têm maior rico de desenvolver outros com o passar dos anos, seja na mesma área inicialmente afetada ou em outra região do corpo. Portanto, visitas regulares ao dermatologista devem se tornar uma rotina, e é importante que o profissional examine não apenas as áreas previamente tratadas, mas sim toda a superfície cutânea.
Os CBC no couro cabeludo e no nariz são especialmente problemáticos, com recidivas que tipicamente aparecem nos dois primeiros anos após a cirurgia.
Caso um câncer recidivo, o médico pode recomentar um tipo diferente de tratamento. Alguns métodos, como a Cirurgia Micrográfica de Mohs, podem ser altamente eficazes nos casos de recidiva.
Os cinco sinais de advertência do carcinoma basocelular
Com frequência, duas ou mais das características a seguir estão presentes em um tumor. Além disso, o CBC às vezes se assemelha a condições não cancerígenas na pele, como eczema ou psoríase. Somente um médico capacitado, geralmente um especialista em doenças de pele, poderá diagnosticar de forma definitiva. Caso perceba um dos sinais de advertência ou outra mudança preocupante em sua pele, consulte imediatamente um médico.
Recomendações para prevenir o câncer de pele
Apesar de o CBC e outros cânceres de pele serem quase sempre curáveis quando detectados e tratados precocemente, a prevenção é a melhor alternativa. Tenha em mente os seguintes hábitos de exposição segura ao Sol em sua rotina de cuidados com a saúde:
- Procure pela sombra, especialmente entre 10 da manhã e 4 da tarde.
- Não se queime.
- Evite bronzear-se ou utilizar câmaras de bronzeamento artificial.
- Para proteger-se do Sol, vista-se com roupas adequadas e utilize chapéu de abas largas e óculos de Sol com filtros para radiação UV.
- Use um filtro solar de amplo espectro (UVA/UVB) FPS 15 ou superior todos os dias. Para atividades prolongadas ao ar livre, use um filtro solar resistente à água, de amplo espectro (UVA/UVB) com FPS 30 ou superior.
- Aplique 30 gramas (ou duas colheres) no corpo inteiro 30 minutos antes de sair ao ar livre. Reaplique a cada 2 horas ou depois de nadar ou suar em excesso.
- Mantenha os recém-nascidos longe do Sol. Filtros solares só podem ser utilizados em bebês maiores de 6 meses.
- Realize um autoexame da pele, da cabeça aos pés, a cada 6 meses.
- Consulte seu dermatologista todos os anos para que ele faça um exame completo da pele.