Leucemia Mieloide Aguda (LMA)

por Oncocentro Curitiba

Você já deve ter ouvido falar em leucemia, um câncer que atinge as células do sangue. Mas você sabia que existem diversos tipos de leucemia?

Um dos mais comuns em adultos, e também o mais grave, é a leucemia mieloide aguda (LMA). A doença pode surgir em qualquer idade, mas sua incidência aumenta com o envelhecimento, sendo que o pico ocorre em torno dos 65 anos.

A LMA é uma doença grave e alguns subtipos podem afetar o prognóstico do paciente, como é o caso do subtipo com mutação no gene FLT3, que infelizmente confere uma evolução mais complicada. É muito importante fazer uma avaliação individualizada a fim de identificar se há alguma mutação, o que permite definir o risco de cada paciente e oferecer um tratamento personalizado. Determinadas mutações podem levar à indicação de uma medicação específica, e definir se o paciente tem indicação para o transplante de medula óssea, opção terapêutica que pode levar à cura destes indivíduos.

O processo de tratamento da LMA é bastante intenso e muda completamente a rotina dos pacientes, que geralmente passam muito tempo no hospital e precisam de um cuidador e do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para atuar em todas as frentes necessárias.

As leucemias mieloides agudas são doenças genéticas adquiridas, ou seja, são causadas por mutações nos genes que interrompem ou desorganizam o mecanismo normal da célula. Mas quando se fala que é uma doença genética, muitos pensam nas doenças genéticas hereditárias, e não é esse o caso. A maioria dessas doenças são mutações de caráter esporádico. Elas ocorrem apenas naquele indivíduo, ele não recebe essa mutação dos pais, tampouco a transmite para os seus filhos.

As mutações têm causa desconhecida e não ocorrem em todo o organismo, pois atingem somente as células que dão origem aos elementos celulares do sangue. Uma pequena parcela dos pacientes pode ter histórico de risco, o exemplo mais clássico é a exposição à bomba de Hiroshima. A exposição à radiação ou agentes químicos pode estar associada à doença. No entanto, na maioria dos casos não é identificado nenhum agente sabidamente capaz de causar mutação.

Como é uma doença mais comum em pessoas mais velhas, acredita-se que a ocorrência dessas mutações esteja associada ao processo de envelhecimento. Percebe-se que à medida que o organismo vai envelhecendo, ele acumula um maior número de mutações. É possível que em determinado momento, uma dessas mutações seja necessária e suficiente para o desenvolvimento da doença.

Sintomas

O acometimento da medula óssea pelas células cancerígenas causa alterações que levam a uma série de sintomas:

- Podem ocorrer sintomas de anemia, devido à redução na produção de glóbulos vermelhos;

- Manifestações infecciosas, como febre, por causa da redução na produção dos glóbulos brancos;

- Manifestações hemorrágicas, como sangramentos, petéquias (pontos vermelhos que aparecem pelo corpo) e equimoses (manchas roxas pelo corpo), em razão da queda de plaquetas;

- Sintomas como fadiga, perda de apetite e de peso e sudorese também são frequentes em pacientes com LMA.

 

Solicite seu Pré-Agendamento aqui