Ministério da Saúde incentiva doações de sangue no período do Carnaval
- por Oncocentro Curitiba
Meta é garantir, durante as festividades, o estoque nos hemocentros do país. Nesta época de Carnaval, a exemplo do período de férias, os hemocentros brasileiros têm uma baixa significativa no estoque de sangue, em torno de 20% a 30%.
Um dos motivos do afastamento dos doadores é a quantidade de festas carnavalescas que acontecem nos próximos dias em todo o país.
Para manter os estoques abastecidos e garantir a assistência à população, o Ministério da Saúde incentiva a doação neste período.
Os hemocentros de todo o país funcionarão em horário comercial nesta, sexta-feira (1), na segunda-feira (4) e retomam as suas atividades normais a partir do meio dia de quarta-feira (6).
"Nos períodos de férias e do carnaval, os doadores se afastam de suas atividades normais como a de doar. Por isso a necessidade de chamar a atenção dos voluntários para se programar para doar antes de ir para a folia", lembra Guilherme Genovez, coordenador nacional de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde.
Atualmente, no Brasil, são coletadas por ano - em média - 3,5 milhões de bolsas de sangue. Cada hemocentro do país tem sua própria capacidade de estoque e de atendimento aos voluntários. Como é vedada a comercialização de sangue (Lei 10.205, de 23 de março de 2001), é necessário que haja cada vez mais doadores compromissados e solidários para manter os estoques nos hemocentros dentro do padrão desejado.
Durante todo o ano, o Ministério da Saúde incentiva a doação de sangue. No período carnavalesco, é normal o aumento do pedido de bolsas de sangue por parte dos postos de coleta de sangue, muitas vezes devido ao aumento da ingestão de álcool, de acidentes de trânsito e da violência urbana. Anualmente, são realizas duas campanhas nacionais.
A primeira acontece em junho, quando se comemora o Dia Internacional do Doador de Sangue.
A segunda, em 25 de novembro, quando é comemorado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.
Nestes momentos, se reforça a conscientização da população quanto à importância e os critérios para a doação de sangue. As campanhas são promovidas em parceria com todas as secretarias estaduais e municipais de saúde.
“Essas iniciativas são essenciais, mas entendo que doar sangue é um gesto de solidariedade. É rápido e indolor”, afirma Guilherme Genovez.
Hoje, o país conta com 1,8% de doadores. De acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter os estoques regulares é preciso de 1,5% a 3% da população doe regularmente. A maioria das doações, no Brasil, ocorre de forma espontânea. Em cada doação são retirados – em média – 450 mililitros de sangue.
Quantidade que não afeta a saúde do doador e a sua recuperação é imediata após o ato.
O que é necessário para doar sangue:
• O voluntário deve procurar o hemocentro mais próximo;
• Cada candidato a doador precisa responder - com veracidade – o questionário de avaliação;
• O doador deve sentir-se bem;
• Ter entre 18 e 65 anos de idade;
• Ter peso acima de 50 quilos
• Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional;
• O voluntário não deve ter diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade;
• Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue (sífilis, AIDS, hepatite e doenças de chagas); mulheres grávidas ou amamentando; usuários de drogas e as pessoas que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual – sem uso de preservativo – não podem doar sangue.
Após a doação, o voluntário recebe um lanche e as instruções que deve seguir após o procedimento.
Recomendações para quem deseja doar:
• Não doe em jejum;
• Faça repouso de no mínimo 6 horas na noite anterior à doação;
• Evitar fumar por pelo menos duas horas antes da doação;
• Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores;
• Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.