Pandemia pode prejudicar o tratamento de câncer com diagnóstico tardio
- por Oncocentro Curitiba
A Oncocentro Curitiba pesquisou informações sobre o quanto a pandemia pode atrapalhar o tratamento de câncer com diagnósticos tardios, o quanto antes for descoberta a doença oncológica maiores são as chances de tratamentos que podem ser curativos, aumentando o número de sobrevidas.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), são esperados 625 mil casos novos de câncer no Brasil somente em 2020. Mas, desde o início da pandemia do coronavírus, houve uma grande redução no número de atendimentos de pacientes oncológicos e estima-se que de 50 a 90 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com a doença, segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e da Sociedade Brasileira de Patologia.
Isso torna-se preocupante demais, pois o câncer, a doença oncológica, não espera. E o diagnóstico precoce é fundamental para que haja maiores chances de tratamentos que sejam curativos. Quanto mais precoce o tratamento, maior a chance de sobrevida. Isso é muito frisado especialmente na questão de tumores mais agressivos, em que é possível medir ainda mais esse impacto, como câncer de pulmão, de mama, melanoma, entre outros.
Para avaliar o estadiamento do câncer, ou seja, identificar a localização e extensão da doença no organismo para descobrir o seu estágio, um dos exames mais importantes é o PET-CT, que fornece informações essenciais para a escolha da terapia que será utilizada.
O exame também é recomendado em suspeitas de casos de câncer de pulmão, para a avaliação de resposta ao tratamento, seja ele quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, e em pacientes com suspeitas do retorno da doença depois de curada. Isso porque o PET-CT consegue identificar alterações menores, até mesmo antes de outros exames, pois avalia o funcionamento de órgãos e tumores.
Contudo, a indicação é não é para todos os tipos de cânceres. Para a realização do PET-CT, o paciente recebe por injeção um radiofármaco, uma substância com moléculas que identificam as alterações malignas. Cada tipo de tumor tem afinidade a um tipo de molécula e não é toda molécula que servem para todos os tumores.
Existem três tipos de radiofármacos, indicados conforme cada caso. O FDG, geralmente é usado em pacientes com linfomas, câncer de mama, pulmão, cólon, melanoma, ovário e outros. O PSMA é basicamente para os pacientes com câncer de próstata e o DOTA para pacientes com tumores neuroendócrinos.