Quais exames podem ajudar no diagnóstico do câncer de pele?
- por Oncocentro Curitiba
Um fator importante para o tratamento eficaz do melanoma é o diagnóstico precoce, já que quando descoberto em sua fase inicial as chances de cura são aumentadas.
Geralmente, o diagnóstico do melanoma se dá a partir de uma queixa do paciente sobre o surgimento de uma lesão de pele. Por isso, é recomendável checar a sua pele pelo menos uma vez por mês e estar atento ao aparecimento de novas lesões, ou mudanças nas que já existiam.
Para diagnosticar o melanoma e determinar o estágio da doença são realizados alguns exames como:
Exame morfológico:
Durante o exame morfológico, o médico observará o tamanho, forma, cor e textura das lesões em questão, e se há sangramento ou descamação. O médico também verificará o tamanho dos gânglios linfáticos da virilha, axilas, pescoço e áreas próximas à lesão. O aumento dos gânglios linfáticos ou inchaço dessas regiões pode sugerir que o melanoma se espalhou para esses locais (melanoma metastático).
Dermatoscopia:
Esta técnica é realizada junto ao exame morfológico para diferenciar as pintas comuns das lesões de risco. O médico utiliza um dermatoscópio, um aparelho que permite ampliar a imagem da pele, proporcionando uma visão em profundidade, facilitando a análise e documentação das manchas e ou pintas.
No entanto, o diagnóstico do melanoma só pode ser finalizado/concluído através de uma biópsia.
Biópsia:
É a retirada de uma amostra de tecido que vai ser analisada ao microscópio por um patologista. Existem vários tipos de biópsia, sempre feitas com anestesia e a opção vai depender do tamanho da lesão e de sua localização no corpo.
Diagnósticos moleculares:
O dermatologista deve ainda solicitar outros testes, como os exames moleculares, que auxiliarão tanto no diagnóstico quanto na escolha do tratamento mais adequado. Entre estes testes estão:
– Genotipagem pela técnica de SNaPshot:
Esta técnica se baseia na identificação rápida e precisa de anormalidades genéticas que podem estar associadas ao aparecimento e evolução dos melanomas e pode ser realizada através das amostras de pele obtidas na biópsia para o diagnóstico. As mutações mais frequentemente encontradas são: BRAF V600E, BRAF V600K, NRAS Q61L e NRAS Q61R.
No caso de pacientes com melanoma avançado, as amostras de pele obtidas para a biópsia devem sempre que possível ser analisadas quanto à presença de mutações em determinados genes, como o gene BRAF.
– Hibridização Fluorescente in situ (FISH) para melanoma:
Este é outro tipo de exame que avalia anormalidades genéticas que podem estar associadas ao aparecimento e evolução de melanomas e pode ser realizada através das amostras de pele obtidas na biópsia. Tem como objetivo diferenciar tumores benignos de malignos auxiliando no diagnóstico de melanoma e na escolha do tratamento mais adequado.
– DecisionDx-Melanoma:
Este é um teste mais novo que examina determinados padrões de expressão gênica em células de melanoma para avaliar a propensão para se espalhar que melanomas em estágio inicial têm. Os resultados deste teste podem ajudar a dizer se alguém com melanoma em estágio inicial deve receber algum tratamento adicional ou se eles precisam ser seguidos mais de perto após o tratamento para evitar a recorrência da doença.