Quais os sintomas do Câncer de Esôfago?
- por Oncocentro Curitiba
A doença não apresenta sintomas em sua fase inicial. Conforme o quadro avança, no entanto, os sinais mais comuns são dificuldade ou dor ao engolir, dor no osso do meio do peito, dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda de apetite.
A Oncocentro Curitiba alerta ao fato de que a doença não apresenta sintomas em sua fase inicial. Conforme o quadro avança, no entanto, os sinais mais comuns são dificuldade ou dor ao engolir, dor no osso do meio do peito, dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda de apetite.
Quando há dificuldade de engolir, normalmente a doença já está em estágio avançado. A perda de peso pode chegar até 10% do peso corporal.
O esôfago é um tubo oco que conduz alimentos e líquidos da garganta para o estômago por meio de contrações involuntárias. O câncer é caracterizado pelo desenvolvimento de células malignas no revestimento interno do órgão, podendo atingir outras camadas e até externamente a ele, especialmente os gânglios linfáticos das imediações. A doença é assintomática inicialmente e, quando há dificuldade de engolir, geralmente já está em estágio avançado.
No Brasil, o câncer de esôfago é o sétimo mais frequente entre os homens. Para 2017, esperam-se 7.950 casos novos em homens e 2.860 em mulheres. No mundo, foram estimados 323 mil casos no sexo masculino e 132 mil no feminino para 2012, ano em que foi realizada a última estatística mundial.
É importante adotar dieta rica em frutas e legumes, evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e derivados do tabaco. Estão associadas à maior incidência desse tumor história pessoal de câncer de cabeça, pescoço ou pulmão; infecção pelo papiloma vírus humano – HPV; tilose (espessamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés), acalasia (falta de relaxamento do esfíncter entre o esôfago e o estômago), esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago), lesões cáusticas (queimaduras) no esôfago e Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro).
Pessoas que sofrem de acalasia, tilose, refluxo gastroesofágico, síndrome de Plummer-Vinson e esôfago de Barrett têm mais chances de desenvolver o tumor. Por isso, devem procurar o médico regularmente para a realização de exames.
A detecção precoce é muito importante, já que a doença é bastante agressiva, devido ao esôfago não possuir membrana serosa. Com isso, há infiltração das células cancerosas nas estruturas vizinhas ao órgão, disseminação para os gânglios linfáticos e metástases (surgimento da doença em órgãos distantes) com grande frequência.
O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva (exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo), de estudos citológicos (das células) e de métodos com colorações especiais. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura atingem 98%. Na presença de disfagia (dificuldade de engolir) para alimentos sólidos, é recomendado estudo radiológico contrastado e também endoscopia com biópsia ou citologia para confirmação.
Tratamento: Cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinadas, de acordo com a avaliação médica. Para tumores iniciais pode ser indicada a ressecção endoscópica (retirada do tumor com acesso pela boca, sem necessidade de cortes). No entanto, este tipo de tratamento é bastante raro.
Na maioria dos casos, a cirurgia é indicada. Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser unicamente paliativo (sem finalidade curativa), através de quimioterapia ou radioterapia.
No leque de cuidados paliativos, também se dispõe de dilatações com endoscopia, colocação de próteses auto-expansivas (para impedir o estreitamento do esôfago) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas).