Quais são as opções de tratamento para o câncer de pele melanoma por estágio?

por Oncocentro Curitiba

É preciso estar sempre em alerta quando se fala de câncer de pele. Informar-se sobre o tratamento e conversar com médico a respeito de medos, anseios e o tipo de tratamento a ser seguido o deixará mais seguro sobre o que deve ser feito para que juntos possam combater a doença.

Acompanhem a seguir as opções de tratamentos por estágios.

As opções de tratamento para o câncer de pele melanoma baseiam-se principalmente no estágio da doença, local do tumor, mas outros fatores, como estado geral de saúde, assim como determinadas características do próprio câncer, também são importantes.

Estágio 0

O melanoma estágio 0 (melanoma in situ) que não se desenvolveu além da epiderme é geralmente tratado com cirurgia (excisão ampla). Se as bordas da amostra retirada contiverem células cancerígenas, pode ser feita uma nova excisão até que as margens fiquem livres.

Em alguns casos, pode ser considerado o uso de imiquimod ou radioterapia em vez da cirurgia, embora nem todos os médicos concordem com esse procedimento.

Estágio I

No estágio I, o melanoma é tratado por excisão ampla. A quantidade de pele normal a ser retirada dependerá da localização do melanoma.

Se o melanoma é estágio IB ou tem outras características que o tornam mais propenso a se disseminar para os linfonodos, pode ser recomendada a biópsia do linfonodo sentinela. Esta é uma opção que o paciente deve discutir com seu médico.

Caso a biópsia do linfonodo sentinela for positiva, normalmente, recomenda-se a dissecção mais ampla de linfonodos. Outra opção é acompanhar clinicamente os linfonodos com exames de ultrassom regulares.

Estágio II

O tratamento padrão para o melanoma estágio II é a excisão ampla. A quantidade de pele normal removida depende da espessura e localização do tumor.

Como o melanoma pode se disseminar para os linfonodos próximos ao tumor, muitos médicos recomendam também a biópsia do linfonodo sentinela. Esta é uma opção que o paciente deve discutir com seu médico.

Se o linfonodo sentinela não contém células cancerígenas, não é necessário qualquer tratamento adicional, embora seja importante a realização do acompanhamento clínico.

Caso a biópsia do linfonodo sentinela contenha células cancerígenas, será realizada uma dissecção linfonodal. Outra opção é acompanhar os linfonodos de perto, com ultrassom com intervalos regulares.

Estágio III

Nesse estágio, o tumor já atingiu os linfonodos quando diagnosticado. O tratamento cirúrgico para o estágio III, geralmente, requer excisão ampla do tumor primário, com dissecção dos linfonodos.

Após a cirurgia, a terapia adjuvante com um inibidor do ponto de controle imunológico ou com medicamentos de terapia alvo para tumores com alterações no gene BRAF pode ajudar a evitar a recidiva. Outros medicamentos ou vacinas também podem ser indicadas como parte de um estudo clínico para tentar reduzir a chance de uma recidiva. Outra opção é administrar a radioterapia na região dos linfonodos retirados. 

Estágio IV

Os melanomas estágio IV são mais difíceis de serem curados, uma vez que já se disseminaram para os linfonodos mais distantes ou outras áreas do corpo. As metástases nos linfonodos que estão provocando sintomas podem ser removidas cirurgicamente ou tratadas com radioterapia.

As metástases em outros órgãos são, às vezes, retiradas dependendo da quantidade, localização e da probabilidade de causar sintomas. As metástases que causam sintomas, mas não podem ser removidas podem ser tratadas com radioterapia, imunoterapia, terapia alvo ou quimioterapia.

É importante considerar cuidadosamente os possíveis benefícios e efeitos colaterais de qualquer tratamento indicado antes de iniciá-lo, por isso discuta com seu médico todas as opções terapêuticas.

Como o melanoma estágio IV é muito difícil de ser tratado com as terapias atuais, os pacientes podem considerar participar de estudos clínicos. Muitos estudos em andamento estão avaliando novos medicamentos alvo, imunoterapia, drogas quimioterápicas e combinações de diferentes tipos de tratamentos.

Recidiva

O tratamento de uma recidiva depende do estágio da doença no momento do diagnóstico, do tratamento prévio e do local da recidiva.

O melanoma pode recidivar na pele próxima ao tumor original, às vezes, na própria cicatriz da cirurgia. Em geral, as recidivas locais são tratadas com uma cirurgia similar a que se recomenda para o melanoma primário. Isto pode incluir uma biópsia do linfonodo sentinela. Dependendo da espessura e da localização do tumor, outros tratamentos podem ser considerados.

Se os linfonodos adjacentes não foram retirados durante o tratamento inicial, o melanoma pode recidivar nesses linfonodos. A recidiva do linfonodo é tratada, se possível, com a dissecção dos mesmos, às vezes, seguida por tratamentos adjuvantes, como radioterapia e/ou imunoterapia ou terapia alvo. Se a cirurgia não for uma opção, a radioterapia ou o tratamento sistêmico (imunoterapia, terapia alvo ou quimioterapia) pode ser realizado.

As metástases do melanoma também podem ocorrer em outras partes do corpo, qualquer órgão pode ser atingido, mas na maioria das vezes, ocorrem no pulmão, ossos, fígado ou cérebro. O tratamento geralmente é o mesmo do estágio IV de melanoma.

Os tumores que recidivam no cérebro podem ser difíceis de serem tratados. Tumores individuais podem ser removidos cirurgicamente. A radioterapia do cérebro (radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia cerebral inteira) também pode ajudar. Tratamentos sistêmicos (imunoterapia, terapia alvo ou quimioterapia) também podem ser tentados.

 

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