Sexualidade x Câncer de Próstata

por Oncocentro Curitiba

Muitas vezes, o paciente com câncer de próstata passa para um processo de adaptação à nova rotina e isso também inclui a vida sexual.

Em alguns casos, a medicação usada para tratar a doença tem como efeito colateral inibir a libido sexual. Em outras situações, o paciente pode ficar desmotivado e deixa que isso afeta a relação do casal.

A Oncocentro Curitiba sempre destaca  que é possível manter uma vida sexual ativa durante o tratamento. O momento vivido também oferece ao paciente uma oportunidade para se redescobrir, conquistar novos comandos e sensibilidades do próprio corpo.

É natural que o paciente oncológico passe por algumas situações de instabilidade com a autoestima, mas é neste momento que entra em cena o amor, companheirismo e criatividade para novas alternativas para manter a vida sexual ativa.

O risco de disfunção erétil durante o tratamento também existe, mas tende a ser menor quanto mais cedo a doença for detectada. Ela pode ser temporária mas, se for permanente, há medicamentos, próteses e implantes que funcionam bem.

Para evitar a ansiedade, uma conversa franca com o médico é fundamental, pois ele será capaz de identificar o que está afetando o desejo sexual e oferecer as soluções. Profissionais da sexologia podem ser fundamentais para esta etapa, que por meio de conversa, poderá orientar e indicar novas opções para o casal.

Veja o que pode ser afetado na vida sexual do paciente com câncer de próstata:

• Falta de interesse pelo sexo;

• Pouca lubrificação;

• Dificuldades na ereção;

• Estresse;

• Ondas de calor.

Ao notar alguns desses sinais, não hesite: questione seu médico e durante essa consulta, é indispensável que o(a) parceiro (a) esteja presente também para sanar suas dúvidas e propor soluções em conjunto com o paciente e com o médico.

Fertilidade

A preocupação de alguns pacientes do câncer de próstata é se a fertilidade será mantida. Durante o tratamento quimioterápico, o paciente pode desenvolver a azooespermia, que se caracteriza pela falta de espermatozoides.

Esse é um assunto que deve ser discutido com seu médico, pois existem formas alternativas de preservar a fertilidade. Em alguns casos, o paciente, mesmo com filhos, não quer perder a fertilidade e por isso é necessário avisar precocemente seu médico, antes de iniciar o tratamento.

Existem duas formas de resolver essa questão:

Congelamento do esperma

Antes do tratamento do câncer de próstata, o paciente pode optar por fazer o congelamento do sêmen. Essa medida é chamada Crioterapia. A opção consiste no congelamento da próstata, que evita que o câncer de espalhe para outros órgãos. A opção é considerada minimamente invasiva e indicada para pacientes em estágio inicial da doença.

Este procedimento é realizado em Centro Cirúrgico, com o paciente anestesiado e em posição ginecológica. É realizado ultrassom da próstata, via transrretal, para guiar a introdução de agulhas na região prostática que contém o tumor. As agulhas são inseridas através do períneo, que é a região limitada entre o saco escrotal e o ânus do paciente. Através das agulhas, são realizados ciclos de congelamento e descongelamento rápidos, que caracterizam a crioterapia.

Extração cirúrgica de esperma

Se o paciente não fez o congelamento do esperma, ele pode optar por uma cirurgia que faz a coleta do sêmen diretamente dos testículos. Esse procedimento é realizado em homens que desenvolveram a azoospermia e que não apresentam espermatozoides no líquido ejaculado.

Em todo caso, nenhum procedimento é padrão para todos os pacientes. Todo o diagnóstico depende de uma série de situações, como estágio do câncer, idade do paciente, tratamento pelo qual será submetido, entre outras coisas.

Ao receber o diagnóstico de câncer, o paciente deve falar desse assunto com o médico que acompanha o caso, para que juntos possam chegar à solução e tratamento ideal.

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