Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença
- por Oncocentro Curitiba
Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco.
Alguns como fumar, por exemplo, podem ser controlados; no entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar. Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco conhecidos poderão fazê-lo.
Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de pênis tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.
Confira quais são os fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pênis:
- Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). O HPV é diagnosticado em cerca da metade dos cânceres de pênis. Os pesquisadores acreditam que a infecção pelo HPV é um importante fator de risco para o câncer de pênis.
- Circuncisão. A circuncisão remove o prepúcio. Este procedimento é mais frequentemente realizado em lactentes, mas pode ser feito mais tarde. Quando realizada na infância, parece proteger contra o câncer de pênis. Os homens circuncidados quando crianças têm menor chance de desenvolver câncer de pênis do que aqueles não circuncidados.
- Fimose. Em homens não circuncidados, o prepúcio pode, por vezes, tornar-se apertado e difícil de retrair. Esta condição é conhecida como fimose. O câncer de pênis é mais comum em homens com fimose. A fimose pode, muitas vezes, ser evitada retraindo-se o prepúcio ao lavar o pênis.
- Esmegma. Às vezes secreções podem acumular-se sob o prepúcio intacto. Se esta área não estiver bem limpa, estas secreções acumuladas se transformam em esmegma, uma substância espessa e mal cheirosa. Ela é composta de secreções oleosas da pele, juntamente com as células mortas da pele e bactérias. É mais comum em homens com fimose, mas pode ocorrer em qualquer pessoa com prepúcio, se este não é regularmente recolhido para limpar a glande. A maioria dos especialistas acredita que o esmegma em si, provavelmente não causa câncer de pênis, mas pode irritar e inflamar o pênis, o que pode aumentar o risco da doença.
- Tabagismo. Fumantes são mais propensos a desenvolver câncer de pênis do que aqueles que não fumam. Fumantes que têm infecções pelo HPV têm um risco ainda maior. Fumar expõe seu corpo a muitos produtos químicos causadores de câncer. Estas substâncias nocivas são inaladas para os pulmões, onde são absorvidas para a corrente sanguínea e transportadas por todo o corpo.
- Tratamento de psoríase com luz UV. Os homens com psoríase tratados com medicamentos denominados psoralenos, seguidos de exposição a uma fonte de luz ultravioleta A (UVA) têm um risco aumentado de câncer de pênis. Devido a este risco, os homens submetidos a este tratamento devem ter órgãos genitais protegidos durante a terapia.
- Idade. O risco de câncer de pênis aumenta com a idade. A idade média do diagnóstico é 68 anos e cerca de 80% dos casos da doença são diagnosticados em homens com mais de 55 anos.
- AIDS. Homens com AIDS (Síndrome da imunodeficiência adquirida) têm um risco maior de câncer de pênis. Este risco parece estar relacionado a um sistema imunológico baixo.