Tipos e Tratamentos de Leucemia Infantil
- por Oncocentro Curitiba
Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com os pais as opções de tratamento para a criança. O fator mais importante na escolha do tratamento é o tipo de leucemia.
O principal tratamento para a leucemia em crianças é a quimioterapia. Para algumas crianças com leucemias de alto risco, a quimioterapia em altas doses pode ser administrada junto com o transplante de medula óssea. Outros tipos de tratamentos, como terapia alvo, cirurgia e radioterapia são utilizados em circunstâncias especiais.
Em função das opções de tratamento definidas para cada criança, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como hematologista, oncologista pediátrico e radioterapeuta. Mas, muitos outros poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas e psicólogos.
É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente.
Veja a seguir, alguns os tipos de tratamentos para a leucemia.
Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.
Dependendo do tipo e do estadiamento da leucemia, a quimioterapia pode ser utilizada sozinha ou combinada com radioterapia.
A maioria dos tratamentos quimioterápicos não atinge as áreas do cérebro e medula, por isso pode ser necessário injetá-la diretamente no líquido cefalorraquidiano para matar células cancerosas nessa área.
A quimioterapia para a leucemia linfocítica aguda utiliza uma combinação de drogas antineoplásicas, administradas em três fases, geralmente por dois anos.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistémico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais comuns à maioria das drogas quimioterápicas podem incluir:
- Perda de cabelo.
- Inflamações na boca.
- Perda de apetite.
- Náuseas e vômitos.
- Diarreia.
- Infecções.
- Hematomas ou hemorragias.
- Fadiga.
- Neuropatia.
- Secura nos olhos.
- Problemas de equilíbrio e coordenação.
- Leucemia mieloide aguda.
- Síndrome de lise tumoral.
Estes efeitos são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento. No entanto, mantenha o médico informado sobre qualquer sintoma, pois a maioria desses efeitos pode ser manejada de forma eficaz.
As infecções podem ser muito graves em pacientes em quimioterapia.
Se os glóbulos brancos estão muito baixos durante o tratamento, você pode ajudar a reduzir o risco de infecção limitando sua exposição a germes:
- Lave as mãos com frequência.
- Evite frutas frescas, cruas e vegetais e outros alimentos que possam conter germes.
- Evite contato com flores e plantas.
- Certifique-se de que outras pessoas lavaram suas mãos antes de tocar em você.
- Evite multidões e contato com pessoas doentes.
No caso em que a contagem de plaquetas se mostre muito baixa pode ser necessária a realização de transfusões de plaquetas para ajudar a proteger contra sangramentos. A fadiga causada pela anemia pode ser tratada com medicamentos ou com transfusões de sangue.
Se surgirem efeitos colaterais graves, a quimioterapia pode ter que ser reduzida ou suspensa por um curto período de tempo.
Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.
A maioria dos tratamentos quimioterápicos não atinge as áreas do cérebro e medula, por isso pode ser necessário injetar os medicamentos diretamente no líquido cefalorraquidiano para destruir as células cancerosas nessa região. Este tipo de tratamento é denominado quimioterapia intratecal, mas raramente é utilizada para leucemia linfoide crônica.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas. A quimioterapia muitas vezes não é recomendada para pacientes com problemas de saúde, mas a idade avançada, por si só não é uma barreira para sua realização.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistêmico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento. Os efeitos colaterais comuns à maioria das drogas quimioterápicas podem incluir:
- Perda de cabelo.
- Inflamação na boca.
- Perda de apetite.
- Náuseas e vômitos.
- Diminuição das taxas sanguíneas.
- Infecções.
- Hematomas ou hemorragias.
- Fadiga.
Estes efeitos são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento. No entanto, mantenha o médico informado sobre qualquer sintoma, pois a maioria desses efeitos pode ser manejada de forma eficaz.
Evite multidões e contato com pessoas doentes.
No caso que a contagem de plaquetas se mostre muito baixa pode ser necessária a realização de transfusões de plaquetas para ajudar a proteger contra sangramento. A fadiga causada pela anemia pode ser tratada com medicamentos ou com transfusões de sangue.
Síndrome de Lise Tumoral - É outro possível efeito colateral da quimioterapia, que pode ocorrer após o tratamento de um câncer, e às vezes até mesmo sem um tratamento prévio. Essa síndrome é um grupo de complicações metabólicas, causadas pelos produtos da destruição das células cancerígenas que morrem com o tratamento. Isto pode conduzir a um acúmulo excessivo de certos minerais no sangue e até mesmo insuficiência renal. Os minerais em excesso podem levar a problemas cardíacos e do sistema nervoso.
Se ocorrerem efeitos colaterais graves, a quimioterapia pode ter que ser diminuída ou suspensa por um período de tempo.
Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
A leucemia mieloide aguda não é uma doença única, mas um grupo de doenças relacionadas, e pacientes com diferentes tipos da doença podem ter diferentes esquemas e respostas ao tratamento.
Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento. O principal tipo de tratamento para a leucemia mieloide aguda é a quimioterapia. Outros tipos de tratamentos, como cirurgia e radioterapia são utilizados em circunstâncias especiais.
A maioria dos casos de LMA pode progredir rapidamente, por isso é importante que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico.
É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente.
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
A terapia alvo é o principal tipo de tratamento para a leucemia mieloide crônica. Alguns pacientes também podem realizar outros tratamentos, como:
- Interferon.
- Quimioterapia.
- Radioterapia.
- Cirurgia.
- Transplante de células tronco.
Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC)
O tratamento da leucemia mielomonocítica crônica é baseado no estadiamento da doença, idade do paciente e estado de saúde geral. Os pacientes com LMMC são tratados por hematologistas ou oncologistas.
O tratamento da leucemia mielomonocítica crônica pode incluir:
- Terapia de suporte.
- Quimioterapia.
- Fatores de crescimento.
- Radioterapia.
- Cirurgia.
- Transplante de células tronco.