Todas as mulheres devem se atentar aos exames de rotina
- por Oncocentro Curitiba
Em virtude de combinações entre hormônios femininos, fatores genéticos e até ambientais, as mulheres possuem mais predisposição para determinadas doenças, tal como a fibromialgia.
Além, é claro, das doenças ginecológicas que também podem comprometer a saúde das pacientes. Por isso, todas as mulheres devem se atentar aos exames de rotina junto das mais diversas especialidades médicas, tais como ginecologista e mastologista.
Conheça as patologias que mais acometem as mulheres.
Câncer de mama
Esse tipo de câncer – que também atinge homens, embora seja mais raro – é o mais comum entre as mulheres. Anualmente quase um milhão e meio de mulheres sofrem com o problema. Apesar de ser altamente tratável, a doença ainda tem uma alta taxa de mortalidade.
Isso se deve, sobretudo, ao desapego com o autoexame e os exames de rotina. Dessa forma, a paciente que sofre com a doença, acaba por identificá-la em estágio avançado.
O tumor na mama pode se originar em diversos lugares, com os mais variados tipos de comprometimento. De forma geral eles são altamente tratáveis e pouco invasivos. Entretanto, as chances de evolução para metástase são grandes em mulheres que não procuraram por auxílio médico antecipadamente. Seja um clínico geral, um mastologista e até mesmo um ginecologista. Todos eles podem ajudar no combate à progressão da doença.
O nódulo formado por células cancerosas pode ser removido por meio de cirurgia. Os tratamentos são feitos à base de radioterapia, quimioterapia, entre outros métodos que impedem a expansão do câncer na paciente. O mastologista ou oncologista responsável poderá definir melhor o processo, baseando-se no grau da doença.
Câncer de colo de útero
Esse é um dos cânceres mais comuns entre as mulheres, perdendo apenas para o de mama e o colorretal. Aqui, a doença se manifesta na parte inferior do útero.
Felizmente, com o avanço da medicina preventiva, metade dos casos pode ser diagnosticado em fases iniciais. Até a década de noventa, a identificação do câncer era mais difícil, sendo que 70% dos casos eram constatados em fase avançada.
O câncer de colo de útero pode ser dividido entre os carcinomas de células escamosas, que possuem relação direta com a presença do vírus HPV, e o menos comum, se que é o adenocarcinoma.
Dentre os sintomas da doença destacam-se o corrimento vaginal anormal e o sangramento vaginal durante relações sexuais, por exemplo. O Papanicolau é o exame mais utilizado para o diagnóstico do problema.
A colposcopia e vulvoscopia, em alguns casos, são necessárias, sobretudo para a biópsia. Como qualquer tipo de câncer, o tratamento se faz por meio da retirada cirúrgica do tumor. E a continuidade do tratamento se dá por meio de radioterapia e quimioterapia. Ambos os procedimentos fundamentais para erradicar qualquer vestígio de células cancerosas que, eventualmente, possam voltar a se manifestar no útero da paciente.
Endometriose
Se refere ao surgimento do endométrio em outras regiões do corpo, que não a parede do útero, local que esse tipo de tecido mucoso recobre a sua parede interna.
É uma doença razoavelmente comum entre mulheres e, por muitas vezes, está ligada diretamente à infertilidade. Essa formação desmedida pode se desenvolver em várias regiões como fora do útero, nos ovários, tubas uterinas, além do intestino e bexiga.
Muitas vezes essa condição é hereditária, ou seja, é passada de gerações em gerações. Sua ligação com a infertilidade está relacionada ao comprometimento das tubas uterinas obstruídas pelo endométrio. Isso pode dificultar a passagem do óvulo e espermatozoides, essenciais para o processo de fecundação.
Apesar de existir uma grande variação da doença, baseado na região em que se manifestou o problema, a endometriose é altamente tratável. Dependendo de seu grau de comprometimento, a paciente poderá se recuperar por meio de medicamentos ideais para o controle e alívio do quadro da dor. Em casos mais urgentes, o médico clínico, ou ginecologista responsável, poderá recomendar um procedimento cirúrgico para retirada das áreas afetas. Em último caso, a retirada dos dois ovários é indicada.
Infecção urinária
Por ter a uretra menor, as mulheres tendem a manifestar a infecção urinária com mais frequência. Esse fator contribui para o alastramento de bactérias por toda a bexiga da paciente, resultando assim em uma infecção.
Muitas vezes o problema se origina das impurezas do próprio intestino, já que os dois órgãos são bem próximos um do outro. Dentre as mulheres com maior tendência a contraírem a infecção destacam-se as grávidas, as sexualmente ativas e as que estão na menopausa.
O tratamento para infecção urinária é feito com o uso de antibiótico, que age matando ou interrompendo o desenvolvimento das bactérias.
Candidíase
É uma condição causada pelo crescimento do fungo Candida na vagina. De forma geral sua proliferação se dá em virtude da queda do sistema imune, seja por causa de um tratamento específico ou doença adjacente.
Essa doença que causa coceira, vermelhidão, dor, queimação e aparecimentos de placas brancas na região genital, pode se manifestar tanto em mulheres quanto em homens.
O tratamento junto a um ginecologista ou clínico geral pode ser feito por meio de práticas simples. Higienização da região genital, dormir sem roupa íntima, reduzir o uso de absorvente interno e o contato íntimo desprotegido contribuem para a recuperação da paciente, além de medicamento antifúngico oral ou local.
Fibromialgia
Presente em até 10% da população, englobando as mais diversas idades, sexos e etnias, a fibromialgia é uma doença que causa dor musculoesquelética. Apesar disso, ela se manifesta sete vezes mais em mulheres do que em pacientes do sexo masculino.
A doença está associada diretamente aos quatro membros e tronco. Quase sempre está relacionada a transtornos adjacentes, como depressão, insônia, alterações reumatológicas, etc.
A fibromialgia é uma doença crônica, mas tratável. O tratamento é feito por meio de cuidados paliativos e individuais, tais como prática de exercícios físicos, fisioterapias, gerenciamento de estresse, entre outros. É possível viver com ótima qualidade de vida, mesmo sendo portador crônico da patologia.
Osteoporose
Apesar de acometer ambos os sexos, a osteoporose é uma doença metabólica que atinge mais mulheres. Sobretudo pacientes acima dos 60 anos de idade.
Esse tipo de disfunção ocorre quando o corpo deixa de produzir novos materiais ósseos ou acabam por absorvê-los em demasia. Quando não há renovação dessas estruturas, os ossos se tornam mais frágeis e quebradiços, sujeitos a constantes fraturas.
Apesar de sua cura difícil, a osteoporose pode ser tratada para o combate à dor ou na interrupção da perda óssea. Para isso, o paciente será orientado a praticar atividades físicas, ter uma dieta saudável, e fazer o uso de medicamentos específicos para a patologia, bem como reposição de estrogênio e suplementação de cálcio e vitamina D.
Depressão
A depressão é maior em mulheres, embora ainda não haja alguma explicação específica para esse fenômeno. Alguns desencadeadores são levados em consideração para explicar o surgimento da doença. A medicina aponta para fatores genéticos que influenciam diretamente no problema.
O desequilíbrio hormonal, independentemente da idade da paciente, também é um fator preponderante para o surgimento da depressão em mulheres, inclusive no pós-parto.
Por fim, a depressão pode estar associada diretamente a outros problemas relacionados à saúde e ao respectivo efeito de certos medicamentos.
O tratamento para depressão envolve consultas com especialistas, como terapeutas e psiquiatras e, se necessário, o uso de medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos, entre outros.