Vacina H1N1 para pacientes em quimioterapia
- por Oncocentro Curitiba
O vírus Influenza, causador da Gripe, costuma circular todos os anos, principalmente no outono e inverno.
A Gripe causada pelo H1N1 tem sintomas semelhantes à infecção causada pelos outros subtipos do vírus Influenza (subtipo A H3N2 e subtipos B), porém algumas pessoas como idosos, crianças, gestantes e indivíduos com doenças crônicas possuem um risco maior de desenvolver complicações.
A vacinação é a melhor medida de prevenção. Existe sempre uma dúvida se pacientes com câncer, em quimioterapia podem ou não tomar a vacina. Mas como a vacina é feita com o vírus morto, ela não causa resfriado ou gripe, e pode ser dada para pacientes imunossuprimidos. Da mesma maneira, a vacina pode ser dada a pacientes em tratamento com hormonioterapia. Uma nova modalidade de terapia contra o câncer, a imunoterapia (utilizada atualmente em diversos tipos de câncer), traz preocupações quanto aos seus efeitos colaterais que podem ser exacerbados em pacientes que recebem a vacina. Neste contexto, a recomendação formal é que pacientes em tratamento com imunoterápicos (Pembrolizumabe, Nivolumabe, Atezolizumabe e Ipilimumabe) devem discutir com seus médicos antes de receber qualquer vacina. A vacina para Influenza não é recomendada para indivíduos com alergia às proteínas do ovo.
Existe uma ressalva em relação à vacina de Influenza para pacientes em quimioterapia: a depender dos quimioterápicos e da imunossupressão que o paciente apresenta, ele pode não ter uma boa resposta imune, ou seja, ele pode não desenvolver os anticorpos necessários para se defender da infecção. Por isso, em muitos casos, recomendamos que os familiares e cuidadores próximos também sejam vacinados, diminuindo assim a chance do paciente entrar em contato com o vírus.
Atualmente no Brasil temos as seguintes vacinas para Influenza:
- • Que contém os vírus Influenza A H3N2, Influenza A H1N1 e Influenza B.
- • Que contém vírus Influenza A H3N2, Influenza A H1N1 e Influenza B de duas linhagens diferentes, sendo esta mais abrangente.
Além da vacinação existem outras medidas importantes para a prevenção, como:
- • Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com álcool em gel.
- • Evitar aglomerações e eventos em lugares fechados.
- • Manter distância de pessoas doentes.
- • Evitar levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de contato com objetos de uso comum.
- • Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal.
- • Manter o ambiente ventilado para boa circulação do ar.
- • Pessoas gripadas ou resfriadas, enquanto tiverem sintomas, não devem visitar os pacientes hospitalizados.
Em relação aos sintomas, os principais sintomas da Gripe são febre elevada (acima de 39ºC) de início súbito, dores no corpo, dor de cabeça, tosse, dor de garganta, coriza. A maioria das pessoas irá apresentar um quadro benigno, autolimitado. Um pequeno número, no entanto, pode apresentar persistência da febre por mais de 72h, falta de ar e mal-estar intenso, necessitando de atendimento médico. Recomenda-se que pacientes do grupo de risco para complicações, ou seja, gestantes, idosos, crianças menores de 5 anos, e pacientes com doenças crônicas (como os pacientes com câncer) procurem assistência médica logo no início dos sintomas para iniciar tratamento com antiviral com Oseltamivir (Tamiflu).